Mundo

Corte dos EUA rejeita avaliar 2 casos sobre restrição de armas

Suprema Corte deixou intacta uma lei do estado da Califórnia que impõe um período de espera de dez dias para as pessoas que desejam comprar armas

Porte de armas: a última vez que a Suprema Corte se posicionou sobre o tema foi quando estabeleceu que o direito dos cidadãos a portar armas se encontra acima de qualquer regulamentação estadual e local (Kevork Djansezian/Getty Images)

Porte de armas: a última vez que a Suprema Corte se posicionou sobre o tema foi quando estabeleceu que o direito dos cidadãos a portar armas se encontra acima de qualquer regulamentação estadual e local (Kevork Djansezian/Getty Images)

E

EFE

Publicado em 20 de fevereiro de 2018 às 17h57.

Washington - A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou nesta terça-feira avaliar dois casos sobre restrição de armas de fogo e deixou intacta uma lei do estado da Califórnia que impõe um período de espera de dez dias para as pessoas que desejam comprar armas.

A Suprema Corte se pronunciou hoje sobre os recursos apresentados pela Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês), o maior grupo de pressão contrário ao controle de armas de fogo nos EUA e que gasta milhões de dólares em campanhas políticas.

O grupo de pressão afirmava que a lei da Califórnia viola o direito dos cidadãos a dispor de uma arma de fogo em um curto período e vai contra a Segunda Emenda da Constituição, que protege o direito de possuir e portar armas.

Em resposta, os juízes do Supremo consideraram que a legislação da Califórnia não viola a Constituição e, por isso, rejeitaram avaliar o caso.

Os juízes também rejeitaram outro recurso interposto pela NRA contra uma lei da Califórnia que permite que o estado use as taxas pagas por alguns proprietários de armas para financiar a luta contra o mercado negro de armamento.

Durante anos, Suprema Corte tem se mantido à margem do debate sobre armas nos EUA e, de fato, a última vez que se posicionou sobre o tema foi em 2010, quando estabeleceu que o direito dos cidadãos a portar armas se encontra acima de qualquer regulamentação estadual e local.

Os estudantes da escola de Parkland (Flórida), que foi alvo de um massacre cometido por um atirador em 14 de fevereiro, pediram ao presidente Donald Trump e ao Congresso que deixem o lado da poderosa NRA e imponham maiores restrições às armas para evitar novas mortes.

O autor confesso do massacre, Nikolas Cruz, de 19 anos, usou um fuzil AR-15 para cometer o crime, que deixou 17 mortos e 15 feridos.

Acompanhe tudo sobre:ArmasEstados Unidos (EUA)FlóridaMassacres

Mais de Mundo

À espera de Trump, um G20 dividido busca o diálogo no Rio de Janeiro

Milei chama vitória de Trump de 'maior retorno' da história

RFK Jr promete reformular FDA e sinaliza confronto com a indústria farmacêutica

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde