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Correa cede à exploração de petróleo na Amazônia

O presidente do Equador anunciou exploração em reserva ecológica após admitir o fracasso do plano ambiental apoiado em contribuições internacionais

O presidente do Equador, Rafael Correa, durante cúpula da Alba em 30 de julho de 2013 (Rodrigo Buendia/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2013 às 09h41.

Quito - O presidente do Equador, Rafael Correa, pediu nesta quinta-feira ao Congresso autorização para explorar petróleo em uma reserva ecológica da Amazônia , após admitir o fracasso do plano ambiental apoiado em contribuições internacionais.

"É com profunda tristeza, mas também com absoluta responsabilidade com o nosso povo e a nossa história, que tomei a decisão mais difícil de todo o meu governo: acabar com a iniciativa que buscava evitar a extração de petróleo" na zona do Parque Yasuní, disse o presidente.

Em 2007, Correa propôs diante da ONU proibir a exploração de petróleo no chamado bloco Ishpingo, Tambococha e Tiputini (ITT), cujas reservas são estimadas em 920 milhões de barris de petróleo, em troca de uma ajuda de 3,6 bilhões de dólares, em 12 anos, pela contribuição do país na luta contra o aquecimento global.

Segundo Correa, em cinco anos o Equador recebeu apenas 13,3 milhões de dólares, algo em torno de 0,37% do valor acertado.

"O mundo falhou" com o Equador, "e diante disto resolvi solicitar à Assembleia a declaração de interesse nacional para o aproveitamento do petróleo" do Parque Yasuní.

Caso o Congresso autorize, "a atividade extrativista não poderá se desenvolver em uma área superior a 1% do Parque Nacional Yasuní", cuja extensão supera um milhão de hectares.

Segundo Correa, o "aproveitamento das reservas do ITT representará um valor líquido de 18,292 bilhões de dólares" para o Equador.

A Constituição de 2008 proíbe a exploração de recursos não renováveis em áreas protegidas, mas concede ao presidente a prerrogativa de autorizá-la sob a figura do interesse nacional, com o aval do Congresso.

"Esta decisão é uma desilusão para todos, mas é necessária. Já não podemos manter isto sem um grave prejuízo para o bem-estar do nosso povo. A história nos julgará".

O fracasso da iniciativa ambiental se soma ao fato de que o Equador não encontrou novas reservas petroleiras nos últimos anos, o que pode levar ao colapso da economia no prazo de 20 anos, disse Correa.

Segundo o presidente, a estatal Petroamazonas assumirá "nas próximas semanas" os trabalhos no bloco ITT.

Os ambientalistas afirmam que a exploração total ou parcial do ITT prejudicará a riqueza biológica da área, enquanto a população indígena promete resistir à medida.

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Quito - O presidente do Equador, Rafael Correa, pediu nesta quinta-feira ao Congresso autorização para explorar petróleo em uma reserva ecológica da Amazônia , após admitir o fracasso do plano ambiental apoiado em contribuições internacionais.

"É com profunda tristeza, mas também com absoluta responsabilidade com o nosso povo e a nossa história, que tomei a decisão mais difícil de todo o meu governo: acabar com a iniciativa que buscava evitar a extração de petróleo" na zona do Parque Yasuní, disse o presidente.

Em 2007, Correa propôs diante da ONU proibir a exploração de petróleo no chamado bloco Ishpingo, Tambococha e Tiputini (ITT), cujas reservas são estimadas em 920 milhões de barris de petróleo, em troca de uma ajuda de 3,6 bilhões de dólares, em 12 anos, pela contribuição do país na luta contra o aquecimento global.

Segundo Correa, em cinco anos o Equador recebeu apenas 13,3 milhões de dólares, algo em torno de 0,37% do valor acertado.

"O mundo falhou" com o Equador, "e diante disto resolvi solicitar à Assembleia a declaração de interesse nacional para o aproveitamento do petróleo" do Parque Yasuní.

Caso o Congresso autorize, "a atividade extrativista não poderá se desenvolver em uma área superior a 1% do Parque Nacional Yasuní", cuja extensão supera um milhão de hectares.

Segundo Correa, o "aproveitamento das reservas do ITT representará um valor líquido de 18,292 bilhões de dólares" para o Equador.

A Constituição de 2008 proíbe a exploração de recursos não renováveis em áreas protegidas, mas concede ao presidente a prerrogativa de autorizá-la sob a figura do interesse nacional, com o aval do Congresso.

"Esta decisão é uma desilusão para todos, mas é necessária. Já não podemos manter isto sem um grave prejuízo para o bem-estar do nosso povo. A história nos julgará".

O fracasso da iniciativa ambiental se soma ao fato de que o Equador não encontrou novas reservas petroleiras nos últimos anos, o que pode levar ao colapso da economia no prazo de 20 anos, disse Correa.

Segundo o presidente, a estatal Petroamazonas assumirá "nas próximas semanas" os trabalhos no bloco ITT.

Os ambientalistas afirmam que a exploração total ou parcial do ITT prejudicará a riqueza biológica da área, enquanto a população indígena promete resistir à medida.

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