CoronaVac entra na lista de imunizantes distribuídos pela Covax Facility
Além da vacina da chinesa Sinovac, o consórcio Covax também incluiu um outro imunizante chinês: a vacina da Sinopharm. Segundo o anúncio da aliança, de julho até outubro, serão entregues 110 milhões de doses de vacina
Da redação, com agências
Publicado em 12 de julho de 2021 às 10h36.
Última atualização em 12 de julho de 2021 às 10h44.
A Sinovac anunciou nesta segunda-feira, dia 12, que fornecerá até 380 milhões de doses de sua vacina contra o coronavírus, a Coronavac, ao programa Covax daOrganização Mundial da Saúde(OMS).
A distribuição será feita por meio de um acordo de compra firmado entre a farmacêutica chinesa e a aliança Gavi. A previsão inicial é de que 50 milhões de doses sejam entregues até o final de setembro deste ano. O contrato contém ainda uma cláusula com a opção de adquirir mais 150 milhões no quarto trimestre de 2021 e 180 milhões no primeiro semestre de 2022.
Além da vacina da chinesa Sinovac, o consórcio Covax também incluiu um outro imunizante chinês: a vacina da Sinopharm. Segundo o anúncio da aliança, de julho até outubro, serão entregues 110 milhões de doses de vacina: 50 milhões da CoronaVac até setembro e outras 60 milhões da vacina da Sinopharm até o mês seguinte.
O Covax Facility é uma iniciativa da OMS para distribuir imunizantes contra a Covid-19 para países com menor poder aquisitivo que ainda não conseguiram reservar grandes lotes de vacinas diretamente com as farmacêuticas. O consórcio, então, adquire esses imunizantes e os envia para os países afiliados ao consórcio. Com a inclusão das duas vacinas chinesas pelo consórcio, a Covax chega ao total de 11 imunizantes disponíveis para distribuição.
O Brasil, por exemplo, é um dos integrantes e recebeu, até agora,doses das vacinas da AstraZeneca e Pfizer por meio da iniciativa. Já a vacina CoronaVac é distribuída no Brasil pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde , graças ao acordo firmado entre a farmacêutica chinesa responsável pelo desenvolvimento da vacina, a Sinovac, e o Instituto Butantan , ligado ao governo paulista.
A adesão do Brasil à aliança foi anunciada ainda em setembro de 2020. O Brasil fechou um contrato de aproximadamente R$ 2,5 bilhões para participar da iniciativa. Em troca, o país receberá 42,5 milhões de doses dos imunizantes em desenvolvimento contra a covid-19 - o suficiente para imunizar cerca de 10% da população.