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Coreia do Sul identifica possíveis venenos usados em Kim Jong-nam

O país atribuiu à Coreia do Norte a responsabilidade pelo assassinato, dizendo que o objetivo seria "eliminar forças favoráveis a um poder alternativo"

Kim Jong-nam: o país destacou que o regime norte-coreado conta com um amplo arsenal de armas químicas e biológicas (Foto/AFP)

Kim Jong-nam: o país destacou que o regime norte-coreado conta com um amplo arsenal de armas químicas e biológicas (Foto/AFP)

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EFE

Publicado em 20 de fevereiro de 2017 às 08h57.

Última atualização em 20 de fevereiro de 2017 às 09h13.

Seul - O governo da Coreia do Sul identificou nesta segunda-feira os venenos que teriam sido utilizados no suposto assassinato de Kim Jong-nam, irmão mais velho do atual líder da Coreia do Norte Kim Jong-un, na Malásia, e afirmou que o regime totalitário conta com um amplo arsenal de armas químicas e biológicas.

O Ministério da Defesa sul-coreano acredita que o composto usado no aparente envenenamento de Kim poderia ser mamona, cianureto de potássio, neostigmina, tetrodotoxina e um agente nervoso, segundo afirmou hoje o titular da pasta, Han Min-koo, em reunião do Conselho de Segurança Nacional realizada em Seul.

Durante sua intervenção, Han atribuiu a Pyongyang a responsabilidade pelo assassinato e afirmou que o objetivo seria "eliminar forças favoráveis a um poder alternativo no regime", assim como "uma advertência à comunidade internacional" contra tentativas de golpes de Estado, segundo veiculou a agência sul-coreana "Yonhap".

Figuras do alto escalão do Ministério da Defesa sul-coreano afirmaram nessa mesma reunião que a Coreia do Norte dispõe de um arsenal de aproximadamente 40 armas biológicas e químicas.

As substâncias mencionadas pelo Ministério incluem potentes neurotoxinas de origem natural e sintética, e foram identificadas a partir de informações das quais dispõem os serviços sul-coreanos de Defesa.

Kim Jong-nam, irmão mais velho do líder norte-coreano, morreu em 13 de fevereiro quando era transferido ao hospital após ser supostamente atacado por duas mulheres no terminal de saídas internacionais do aeroporto de Kuala Lumpur, onde tomaria um voo de volta a Macau, na China, onde vivia em seu exílio voluntário.

A polícia da Malásia mantém sob custódia duas mulheres - uma vietnamita e outra indonésia - e dois homens, um malaio e um norte-coreano, e procura outros quatro cidadãos desse país por envolvimento no fato.

Imagens captadas pelas câmeras de segurança do aeroporto e divulgadas hoje por uma emissora de televisão japonesa mostram duas mulheres se aproximando de Kim Jong-nam, e uma delas o aborda pelas costas e cobre o seu rosto com algum objeto, minutos antes de a vítima solicitar ajuda e acabar sendo removida do recinto em uma maca.

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