Homem segura bandeira da Coreia do Sul: a verba servirá para reparar instalações médicas, formar trabalhadores da saúde e garantir remédios básicos (Chung Sung-Jun/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2013 às 09h32.
Seul - A Coreia do Sul planeja realizar o envio de outros US$ 6,3 milhões em ajuda humanitária para Coreia do Norte, que se somariam a uma verba similar aprovada em julho, informou nesta segunda-feira o Ministério da Unificação sul-coreano.
A nova verba, que será canalizada através da Organização Mundial da Saúde (OMS), servirá para reparar instalações médicas, formar trabalhadores do setor da saúde e garantir remédios básicos para os cidadãos norte-coreanos, anunciou um representante do Ministério.
Antes de acontecer, a soma deverá ser aprovada por um organismo governamental de Seul encarregado dos intercâmbios com o Norte, segundo a agência local "Yonhap".
Além da quantia que o país enviará através da OMS, Seul planeja permitir que 12 associações civis despachem outros US$ 2,13 milhões em ajuda ao Norte, que incluiriam alimentos básicos e material escolar para crianças.
A decisão de Seul chega em um momento marcado pela distensão nas relações entre as duas Coreias, que alcançaram notáveis avanços para reparar seus laços e recuperar projetos conjuntos após a etapa de elevada tensão vivida há pouco tempo.
Em julho, o Executivo sul-coreano aprovou ao Norte de US$ 6 milhões em ajuda humanitária através da Unicef, o primeiro envio governamental de assistência ao país vizinho desde a chegada em fevereiro do novo presidente, Park Geun-hye.
A conservadora Park, primeira mulher presidente da Coreia do Sul, mantém a postura de desvincular a ajuda humanitária à população do Norte da conjuntura política entre ambos os Governos.
No ano passado, um total de 16 ONGs do Sul forneceram US$ 165 milhões em ajuda ao Norte, enquanto o Governo sul-coreano canalizou ao redor de US$ 21 milhões em assistência através de organizações privadas, segundo o Ministério da Unificação.
A Coreia do Norte, país que cada a verão sofre os estragos dos tufões que arruinam parte de seus cultivos, atravessa desde os anos 90 uma longa crise econômica que lhe obriga a depender da ajuda externa para alimentar a sua população.