Estúdios da Sony Pictures: investigadores contratados pela empresa fizeram a ligação enquanto analisavam provas deixadas pelos hackers (Jonathan Alcorn/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 08h16.
São Paulo - Investigadores de crimes cibernéticos que buscam pelos culpados de um ataque devastador contra a Sony Pictures Entertainment encontraram algumas ligações com a Coreia do Norte - ferramentas de ataques eletrônicos similares às usadas pelo país em ataques anteriores contra a Coreia do Sul.
Uma pessoa familiarizada com a investigação da companhia disse na quarta-feira que investigadores contratados pela empresa fizeram a ligação enquanto analisavam provas deixadas pelos hackers. A pessoa não estava autorizada a discutir publicamente a investigação da Sony e pediu anonimato.
Alguns especialistas sugeriram a Coreia do Norte como uma possível fonte do ataque que expôs volumes enormes de dados internos da companhia e desativou os sistemas de computador de um dos maiores estúdios de Hollywood.
O ataque iniciado em 24 de novembro aconteceu um mês antes da unidade de entretenimento da Sony lançar o filme "A Entrevista", uma comédia com James Franco e Seth Rogen como dois jornalistas recrutados pela agência de inteligência norte-americana, a CIA, para assassinar o líder norte-coreano, Kim Jong Un.
O governo de Pyongyang denunciou o filme como um "patrocínio sem disfarces de terrorismo, como também um ato de guerra", em carta ao Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, em junho.
O site de notícias de tecnologia Re/code publicou na quarta-feira que a Sony pretende nomear a Coreia do Norte como fonte do ataque. Porém, quando questionada sobre o relato do Re/code, uma porta-voz da Sony disse que o estúdio não vai se pronunciar.
O ataque de hackers alarmou o governo e especialistas em segurança cibernética, que disseram que este foi o primeiro grande ataque contra uma companhia norte-americana usando uma classe altamente destrutiva de software malicioso projetado para incapacitar redes de computadores. O FBI emitiu um alerta para empresas norte-americanas na segunda-feira.