Seul - A Coreia do Norte voltou a nomear como ministro das Forças Armadas do país o general Hyon Yong-chol, que já desempenhou o cargo em outra ocasião, em substituição do militar de linha dura Jang Jong-nam, informou nesta quarta-feira a rádio estatal norte-coreana.
O cargo de ministro das Forças Armadas é um cargo equivalente ao de ministro da Defesa no militarizado país comunista, cujo Exército possui mais de 1,1 milhão de soldados.
O novo titular da Defesa norte-coreano, nascido em 1949, já assumiu esse mesmo posto durante 10 meses, entre julho de 2012 até maio do ano passado.
Na ocasião, a nomeação de Hyon foi interpretada como uma aparente tentativa do jovem líder Kim Jong-un de abandonar a linha dura do Exército, imposta por seu pai, o ditador Kim Jong-il, que morreu no final de 2011.
Já o recém-deposto Jang Jong-nam, que permaneceu no cargo por pouco menos de um ano, era considerado um representante das posições mais beligerantes nas Forças Armadas.
Segundo os serviços de inteligência de Seul, Jang teve um papel fundamental no bombardeio à ilha sul-coreana de Yeonpyeong, que, em novembro de 2010, resultou na morte de quatro pessoas, duas delas civis.
Kim Jong-un dirige Coreia do Norte sob a política "Songun" instaurada por seu pai, que prioriza a defesa militar do país e dá ao poderoso Exército Popular um papel predominante no Estado junto ao Partido dos Trabalhadores, braço político do regime.
O substituo do ministro das Forças Armadas chega em um momento no qual as relações entre a Coreia do Norte, Coreia do Sul e EUA se encontram seriamente deterioradas após uma etapa prévia de tensão militar.
Norte e Sul se encontram tecnicamente em confronto desde a Guerra da Coreia (1950-1953), concluída com um armistício e não um tratado de paz. Como herança deste conflito, os EUA mantêm 28.500 soldados na Coreia do Sul para fazer frente às ameaças do regime norte-coreano.
- 1. O maluco armado
1 /8(Australian War Memorial / Wikimedia Commons)
São Paulo — Tudo seria mais tranquilo se Kim Jong-un fosse apenas o vilão de um filme de James Bond. Mas o líder da Coreia do Norte não só é real como governa um país armado até os dentes. Nesta semana, o Estado-Maior do Exército local disse que os americanos serão esmagados utilizando "meios nucleares", segundo um comunicado citado pela agência oficial norte-coreana, KCNA. Veja as temíveis armas que o país poderia usar num ataque.
- 2. Bomba atômica
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A Coreia do Norte já realizou três testes com armas nucleares: em 2006, em 2009 e neste ano. O mais recente foi divulgado e comemorado nas ruas do país. Muitos especialistas acreditam que as bombas atômicas norte-coreanas sejam grandes demais para serem transportadas em mísseis. Mas a cortina de segredo que cobre o país deixa uma enorme margem para dúvidas.
- 3. Armas biológicas
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Embora tenha assinado, em 1987, a convenção sobre armas biológicas e tóxicas (BTWC, na sigla em inglês), existem suspeitas de que a Coreia do Norte desenvolva esse tipo de armamento em segredo. Um relatório de 2010, feito pelo Ministério da Defesa da Coreia do Sul, afirma que Kim Jong-un e sua turma cultivam, para uso militar, agentes causadores de antrax, cólera, varíola e outras doenças.
- 4. Armas químicas
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A Coreia do Norte tem um amplo programa de fabricação de
armas químicas, com capacidade estimada em 5 mil toneladas por ano. O arsenal inclui os temidos gases mostarda, fosgênio e sarin. Segundo a organização Nuclear Threat Initiative (NTI), o país tem 12 plantas de fabricação e estocagem de agentes químicos e mais seis depósitos adicionais ondem essas armas são mantidas.
- 5. Mísseis de curto alcance
5 /8(US Navy / Wikimedia Commons)
A Coreia do Norte tem diversos tipos de mísseis de curta distância. O arsenal inclui duas variantes dos Scud soviéticos: Scud-C, com alcance de 500 quilômetros; e Scud-D, de 700 quilômetros. Já o menorzinho KN-02 teria 120 quilômetros de alcance. Os três poderiam ser usados para atacar a Coreia do Sul. Os Scud têm fama de imprecisos e pouco confiáveis. Mas os norte-coreanos podem tê-los aperfeiçoado.
- 6. Míssil Musudan
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O Musudan é o míssil de médio alcance da Coreia do Norte. O Ministério da Defesa da Coreia do Sul estima que tenha alcance de 3 mil quilômetros, mas alguns especialistas falam em 4 mil quilômetros (mapa). Uma bateria desses mísseis teria sido instalada na costa leste do país, de onde poderia atingir o Japão. O míssil já foi exibido em desfiles militares mas não há notícia de que tenha sido testado.
- 7. Mísseis intercontinentais
7 /8(Fabe27 / Wikimedia Commons)
Voando a cerca de 25 mil km/h, um míssil intercontinental disparado da Coreia do Norte chegaria ao Alasca em 14 minutos e ao Havaí em 17 minutos. Sabe-se que o país desenvolve esses mísseis, mas há dúvidas sobre suas condições de operação. O mais antigo deles, o Taepodong-2, falhou durante seu único teste conhecido, em 2006. O KN-08 foi visto apenas em desfiles militares. O Unha-3 foi usado para colocar um satélite em órbita no ano passado (na ilustração, o Unha-2).
- 8. Agora veja os aviões de combate que agiram na Líbia em 2011:
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