Desfile militar em Pyongyang no dia 29 de março de 2013: o governo americano exigiu a "libertação imediata" de Kenneth Bae (AFP)
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2013 às 08h33.
Seul - Um cidadão americano de origem coreana detido na Coreia do Norte foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados por introduzir no país material para desestabilizar o regime, informou nesta sexta-feira o Tribunal Supremo, que detalha pela primeira vez as acusações contra o réu.
Pae Jun-ho, cujo nome americano é Kenneth Bae, de 44 anos, foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados no dia 2 de maio.
Bae foi detido em 3 de novembro na cidade portuária de Rason (nordeste), com um visto de turista.
Segundo a imprensa sul-coreana, o americano é diretor de uma agência de viagens e estava com vários turistas. Um deles transportava um disco rígido que continha supostos dados sensíveis.
Kenneth Bae é um ativista cristão evangelista, enviado a China entre 2006 e 2012 para estabelecer "bases de complô" com o objetivo de derrubar o regime de Pyongyang, afirmou o porta-voz do Tribunal Supremo em um comunicado divulgado pela agência oficial norte-coreana KCNA.
"Cometeu atos como estimular os norte-coreanos que estão no exterior, ou estrangeiros, a cometer atos hostis para derrubar o governo, iniciando uma campanha de difamação", afirma a nota.
De acordo com o comunicado, o réu foi detido quando transportava obras críticas do regime, em Rason. Ele não foi condenado à pena de morte porque confessou todos os crimes atribuídos, afirmou o porta-voz.
Pyongyang informou recentemente que não se tratava de convidar personalidades americanas para negociar a libertação de Kenneth Bae.
O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter informou que não tem viagem prevista a Coreia do Norte.
Pyongyang já libertou cidadãos americanos depois de visitas de emissários de alto nível.
O governo americano exigiu a "libertação imediata" de Kenneth Bae.