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Morte de sul-coreano pela Coreia do Norte reaviva tensão entre vizinhos

A Coreia do Sul informou que o pedido de desculpas foi feito pelo próprio Kim Jong-un — algo extremamente incomum

Kim Jong-un chamou o incidente de "assunto vergonhoso" e pediu desculpas "por ter decepcionado o presidente Moon Jae-in e os sul-coreanos" (Yuri SmityukTASS/Getty Images)

Kim Jong-un chamou o incidente de "assunto vergonhoso" e pediu desculpas "por ter decepcionado o presidente Moon Jae-in e os sul-coreanos" (Yuri SmityukTASS/Getty Images)

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AFP

Publicado em 25 de setembro de 2020 às 06h25.

Última atualização em 26 de setembro de 2020 às 11h38.

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, pediu desculpas pelo assassinato de um sul-coreano nas águas do país, informou nesta sexta-feira o gabinete da presidência de Seul, citado pela agência de notícias Yonhap. Este foi o primeiro sul-coreano assassinado pela Coreia do Norte em 10 anos.

Kim chamou o incidente de "assunto vergonhoso" e pediu desculpas "por ter decepcionado o presidente Moon Jae-in e os sul-coreanos".

O pedido de desculpas da Coreia do Norte, em particular do próprio Kim, é algo extremamente incomum. A mensagem foi divulgada em um momento de congelamento das relações entre as Coreias, assim como das negociações entre Pyongyang e Washington pela questão nuclear.

Soldados norte-coreanos atiraram quase 10 vezes contra um homem que entrou ilegalmente nas águas do país e não se identificou, de acordo com a carta enviada por Kim à presidência sul-coreana.

A pessoa, supostamente um desertor e que trabalhava na indústria pesqueira, desapareceu na segunda-feira a bordo de um barco patrulha que navegava perto da ilha sul-coreana de Yeonpyeong, que fica a um quilômetro e meio da fronteira marítima com o Norte.

 

Em novembro de 2010, o exército de Pyongyang bombardeou a ilha sul-coreana de Yeonpyeong e matou quatro pessoas, dois civis e dois soldados.

Alguns meses antes, um navio de guerra, o "Cheonan", foi torpedeado, de acordo com Seul, por um submarino norte-coreano, um ataque que matou 46 marinheiro. Pyongyang sempre negou qualque envolvimento.

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