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Coreia do Norte ordena teste de ogiva nuclear e de mísseis

As tensões não param de se agravar na península, depois do quarto teste nuclear realizado pela Coreia do Norte no dia 6 de janeiro

Testes nucleares: a imprensa oficial publicou foto de Kim posando ao lado do que foi apresentado como uma ogiva nuclear miniaturizada (KCNA / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2016 às 10h35.

O líder norte-coreano , Kim Jong-un, anunciou que seu país se prepara para testar uma ogiva nuclear e lançar vários mísseis balísticos, em um novo desafio à comunidade internacional, que acaba de aplicar severas sanções contra aquele país.

Kim emitiu a ordem depois que foi testada com êxito a tecnologia relacionada à entrada na atmosfera de uma ogiva nuclear, afirmou a agência oficial norte-coreana KCNA. Eta tecnologia é necessária para realizar um ataque contra o continente americano.

As tensões não param de se agravar na península, depois do quarto teste nuclear realizado pela Coreia do Norte no dia 6 de janeiro, seguido no dia 7 de fevereiro por um lançamento de foguete de longo alcance, considerado um teste dissimulado de míssil balístico.

O Conselho de Segurança da ONU respondeu no início de março decretando as sanções mais duras já aplicadas até hoje contra Pyongyang, dirigidas sobretudo a setores econômicos chave e a dificultar o acesso do Norte ao sistema de transporte internacional.

Pyongyang ameaça quase diariamente Seul e Washington com ataques nucleares, especialmente porque estão realizando exercícios militares em grande escala que o Norte considera um teste geral de invasão de seu território.

Testes iminentes

Com o objetivo de reforçar a capacidade de dissuasão nuclear do país, disse Kim Jong-Un, a Coreia do Norte vai testar em pouco tempo a explosão de uma ogiva nuclear e realizará lançamentos de teste de vários tipos de mísseis balísticos.

Dias atrás, a imprensa oficial publicou uma foto do número um do país posando ao lado do que foi apresentado como uma ogiva nuclear miniaturizada que podia ser montada em um míssil balístico.

A presidente sul-coreana, Park Geun-hye, considerou nesta terça-feira que as ameaças incessantes do Norte mostram que se encontra em crise pelo crescente isolamento diplomático e econômico.

"Se a Coreia do Norte persistir em suas provocações e confrontamento com a comunidade internacional e não caminhar pela via da mudança, caminhará pela via da autodestruição", disse.

Sabe-se que a Coreia do Norte possui um pequeno arsenal de armas nucleares, mas sua capacidade de mirar em um alvo escolhido é alvo de debate.

Muitos especialistas também pensam que está longe de contar com um míssil balístico intercontinental (ICBM) que possa atingir o continente americano.

Além disso, é improvável que um eventual dispositivo miniaturizado concebido pela Coreia do Norte seja suficientemente resistente para suportar as colisões, vibrações e variações de temperatura inerentes a um voo balístico.

A KCNA publicou nesta terça-feira fotos de Kim Jong-Un supervisionando um teste de simulação do calor intenso e as vibrações que o míssil sofreria ao entrar na atmosfera, após a fase de voo balístico.

Êxito total

Nas imagens é possível ver um objeto cônico expulso em meio a uma explosão em chamas por um artefato contido em uma espécie de andaime.

A ogiva, protegida por um material resistente ao calor, foi submetida, segundo a KCNA, a fluxos térmicos cinco vezes mais quentes que os associados a um voo de ICBM.

Segundo a agência, o teste foi um êxito total e garante que a ogiva nuclear pode suportar a fase de entrada na atmosfera, etapa crucial na capacidade do Norte para desenvolver uma verdadeira força de ataque nuclear mediante a ICBM.

O Ministério sul-coreano da Defesa mostrou seu ceticismo.

"Segundo nossa análise militar, a Coreia do Norte ainda não domina a tecnologia de entrada na atmosfera", disse um porta-voz, Moon Sang-gyun.

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O líder norte-coreano , Kim Jong-un, anunciou que seu país se prepara para testar uma ogiva nuclear e lançar vários mísseis balísticos, em um novo desafio à comunidade internacional, que acaba de aplicar severas sanções contra aquele país.

Kim emitiu a ordem depois que foi testada com êxito a tecnologia relacionada à entrada na atmosfera de uma ogiva nuclear, afirmou a agência oficial norte-coreana KCNA. Eta tecnologia é necessária para realizar um ataque contra o continente americano.

As tensões não param de se agravar na península, depois do quarto teste nuclear realizado pela Coreia do Norte no dia 6 de janeiro, seguido no dia 7 de fevereiro por um lançamento de foguete de longo alcance, considerado um teste dissimulado de míssil balístico.

O Conselho de Segurança da ONU respondeu no início de março decretando as sanções mais duras já aplicadas até hoje contra Pyongyang, dirigidas sobretudo a setores econômicos chave e a dificultar o acesso do Norte ao sistema de transporte internacional.

Pyongyang ameaça quase diariamente Seul e Washington com ataques nucleares, especialmente porque estão realizando exercícios militares em grande escala que o Norte considera um teste geral de invasão de seu território.

Testes iminentes

Com o objetivo de reforçar a capacidade de dissuasão nuclear do país, disse Kim Jong-Un, a Coreia do Norte vai testar em pouco tempo a explosão de uma ogiva nuclear e realizará lançamentos de teste de vários tipos de mísseis balísticos.

Dias atrás, a imprensa oficial publicou uma foto do número um do país posando ao lado do que foi apresentado como uma ogiva nuclear miniaturizada que podia ser montada em um míssil balístico.

A presidente sul-coreana, Park Geun-hye, considerou nesta terça-feira que as ameaças incessantes do Norte mostram que se encontra em crise pelo crescente isolamento diplomático e econômico.

"Se a Coreia do Norte persistir em suas provocações e confrontamento com a comunidade internacional e não caminhar pela via da mudança, caminhará pela via da autodestruição", disse.

Sabe-se que a Coreia do Norte possui um pequeno arsenal de armas nucleares, mas sua capacidade de mirar em um alvo escolhido é alvo de debate.

Muitos especialistas também pensam que está longe de contar com um míssil balístico intercontinental (ICBM) que possa atingir o continente americano.

Além disso, é improvável que um eventual dispositivo miniaturizado concebido pela Coreia do Norte seja suficientemente resistente para suportar as colisões, vibrações e variações de temperatura inerentes a um voo balístico.

A KCNA publicou nesta terça-feira fotos de Kim Jong-Un supervisionando um teste de simulação do calor intenso e as vibrações que o míssil sofreria ao entrar na atmosfera, após a fase de voo balístico.

Êxito total

Nas imagens é possível ver um objeto cônico expulso em meio a uma explosão em chamas por um artefato contido em uma espécie de andaime.

A ogiva, protegida por um material resistente ao calor, foi submetida, segundo a KCNA, a fluxos térmicos cinco vezes mais quentes que os associados a um voo de ICBM.

Segundo a agência, o teste foi um êxito total e garante que a ogiva nuclear pode suportar a fase de entrada na atmosfera, etapa crucial na capacidade do Norte para desenvolver uma verdadeira força de ataque nuclear mediante a ICBM.

O Ministério sul-coreano da Defesa mostrou seu ceticismo.

"Segundo nossa análise militar, a Coreia do Norte ainda não domina a tecnologia de entrada na atmosfera", disse um porta-voz, Moon Sang-gyun.

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