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Coreia do Norte não tem ogivas nucleares, afirma americano

A declaração de um funcionário americano contradiz recentes relatórios da inteligência dos Estados Unidos


	Soldado norte-coreano observa veículo militar carregando míssil em Pyongyang: no momento mais crítico da crise, a Coreia do Norte ameaçou executar ataques nucleares contra os EUA (Pedro Ugarte/AFP)

Soldado norte-coreano observa veículo militar carregando míssil em Pyongyang: no momento mais crítico da crise, a Coreia do Norte ameaçou executar ataques nucleares contra os EUA (Pedro Ugarte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2013 às 10h14.

Seul - O governo da Coreia do Norte ainda não desenvolveu uma ogiva nuclear capaz de ser instalada em um míssil, afirmou um funcionário americano, em contradição com recentes relatórios da inteligência dos Estados Unidos.

Pyongyang afirmou que seu terceiro teste nuclear, realizado em fevereiro, incluiu um dispositivo "miniaturizado e mais leve", o que provocou especulações sobre o desenvolvimento de tecnologia crucial para colocar dispositivos nucleares em seu sistema de mísseis.

O teste nuclear - o mais potente realizado até agora pelos norte-coreanos - aconteceu apenas dois meses depois do lançamento com sucesso de um foguete de longo alcance, que vários países consideraram um teste de míssil balístico.

"Eu não acredito que eles (os norte-coreanos) tenham a capacidade de miniaturizar uma ogiva nuclear, colocá-la em um míssil, desenvolver o sistema de decolagem e direção, e acertar o alvo", disse uma fonte do governo americano que pediu anonimato.

O comentário contradiz um relatório recente da Agência de Inteligência da Defesa dos Estados Unidos, que sugeriu que a Coreia do Norte pode ter obtido êxito na miniaturização.

O teste nuclear de fevereiro provocou sanções do Conselho de Segurança da ONU, que geraram uma escalada da tensão militar em toda a península coreana.

No momento mais crítico, a Coreia do Norte ameaçou executar ataques nucleares preventivos contra Estados Unidos e Coreia do Sul.


O funcionário americano disse que o recente envio dos bombardeiros B-52s e B-1 Stealth, ambos com capacidade de transportar armas nucleares, evidencia o compromisso dos Estados Unidos de conter a crise nuclear.

"Não acredito que a Coreia do Sul precise desenvolver a própria capacidade nuclear", disse.

Na terça-feira, um conselheiro do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, iniciou uma visita surpresa a Coreia do Norte, em meio às especulações sobre o desejo de Pyongyang de reabrir o diálogo com outros países.

O porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suda, não revelou detalhes sobre a visita de Isao Iijima.

Imagens divulgadas pela televisão japonesa mostraram Iijima apertando a mão de Kim Chol-ho, vice-diretor do departamento de assuntos asiáticos do ministério norte-coreano das Relações Exteriores.

Segundo o canal japonês NHK, Iijima deve ficar no país até o fim de semana.

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