Coreia do Norte enfim registra o primeiro caso "suspeito" de coronavírus
Segundo a agência de notícias do governo, o caso suspeito é de uma pessoa que voltou ao país depois de cruzar ilegalmente a fronteira com a Coreia do Sul
AFP
Publicado em 25 de julho de 2020 às 21h11.
Um primeiro caso "suspeito" de coronavírus foi registrado na Coreia do Norte , que está em "emergência máxima", anunciou a agência de notícias oficial KCNA neste domingo (horário local, noite de sábado no Brasil).
Trata-se de uma pessoa que "voltou em 19 de julho depois de ter cruzado ilegalmente a linha de demarcação" que faz fronteira com a Coreia do Sul, segundo a KCNA.
A agência descreve a pessoa suspeita de ter sido infectada como "um fugitivo que foi para o sul há três anos" e teria sido encontrado na cidade de Kaesong, na fronteira com a Coreia do Sul.
Essa pessoa "foi inicialmente submetida a uma quarentena rigorosa, e todas as pessoas que estiveram em contato com ela e as que estiveram nesta cidade nos últimos cinco dias estão sendo investigadas minuciosamente", informou a KCNA.
Pyongyang afirmou anteriormente não ter casos de coronavírus e que as fronteiras do país permaneceriam fechadas.
Para lidar com a "situação perigosa" e "que poderia levar a uma catástrofe mortal e destrutiva", o líder norte-coreano Kim Jong Un convocou uma reunião do gabinete político no sábado para adotar um "sistema de emergência máximo e emitir um alerta de alto nível" para conter a epidemia, disse a agência oficial.
Apesar das medidas estritas de quarentena, "parece que o vírus entrou no país", disse Kim Jong Un, segundo a KCNA.
O líder norte-coreano disse que o governo tomou "a medida preventiva para confinar completamente a cidade de Kaesong" em 24 de julho, acrescentou a fonte.