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Coreia do Norte culpa Malásia por morte de meio-irmão de líder

Kim Jong Nam, de 46 anos, foi morto no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur quando se preparava para embarcar em um voo para Macau

Kim Jong-nam: "A maior responsabilidade por sua morte recai sobre o governo da Malásia, já que o cidadão da RPDC morreu em sua terra" (Eriko Sugita/File Photo/Reuters)

Kim Jong-nam: "A maior responsabilidade por sua morte recai sobre o governo da Malásia, já que o cidadão da RPDC morreu em sua terra" (Eriko Sugita/File Photo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de fevereiro de 2017 às 21h53.

Seul - A Coreia do Norte culpou a Malásia pela morte de um de seus cidadãos na semana passada e acusou o governo malaio de uma "atitude hostil" em um cenário elaborado pela Coreia do Sul, que disse que agentes de Pyongyang assassinaram o meio-irmão do líder norte-coreano, Kim Jong Un.

A Malásia inicialmente havia dito à Coreia do Norte que a pessoa portadora de um passaporte diplomático morreu de ataque cardíaco no aeroporto de Kuala Lumpur em 13 de fevereiro, informou a agência estatal de notícias KCNA, de Pyongyang.

A KCNA disse que a Malásia mudou rapidamente de posição e começou a complicar o assunto após reportagens na Coreia do Sul dando conta de que o homem foi envenenado, citando um porta-voz de um comitê estatal.

"O que merece uma atenção mais séria é o fato de que os atos injustos do lado malaio são cronometrados para coincidir com a agitação conspiratória anti-RPDC lançada pelas autoridades sul-coreanas", disse a KCNA. A RPDC é abreviação do nome formal da Coreia do Norte.

"A maior responsabilidade por sua morte recai sobre o governo da Malásia, já que o cidadão da RPDC morreu em sua terra", acrescentou.

A polícia da Malásia identificou nesta quarta-feira um diplomata norte-coreano e um funcionário de uma empresa aérea estatal que são procurados para interrogatório devido ao assassinato do meio-irmão do líder da Coreia do Norte.

Kim Jong Nam, de 46 anos, foi morto no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur quando se preparava para embarcar em um voo para Macau, onde vivia exilado com sua família sob a proteção de Pequim.

Até agora, a polícia identificou um total de oito norte-coreanos suspeitos de estarem ligados ao assassinato. Um está sob custódia.

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