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Coreia do Norte cancela ida ao Conselho de Segurança

A Coreia do Norte anunciou que não assistirá à reunião do Conselho de Segurança da ONU na próxima segunda-feira


	Líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un: conselho irá discutir a situação de direitos humanos no país de Kim Jong-Un
 (KCNA/Reuters)

Líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un: conselho irá discutir a situação de direitos humanos no país de Kim Jong-Un (KCNA/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2014 às 21h50.

Nova York - A Coreia do Norte anunciou nesta sexta-feira que não assistirá à reunião do Conselho de Segurança da ONU na próxima segunda-feira, na qual os 15 membros desse organismo vão discutir a situação de direitos humanos no país de Kim Jong-Un.

Na segunda, 22 de dezembro, os 15 membros do Conselho de Segurança terão sua primeira reunião dedicada especificamente à situação dos direitos humanos na Coreia do Norte, apesar das objeções da China - principal aliado de Pyongyang - e da Rússia.

"Não podemos reconhecer a reunião do Conselho de Segurança. Seu mandato não é direitos humanos", alegou o conselheiro político da missão norte-coreana na ONU, Kim Song.

"Não participaremos", disse à AFP.

De acordo com os procedimentos da ONU, a Coreia do Norte pode enviar um representante à reunião do Conselho. Os diplomatas da ONU haviam dito que esperavam uma discussão cara a cara com o enviado de Pyongyang.

A reunião da semana que vem será realizada alguns dias depois de a ONU ter adotado uma resolução, na quinta-feira, na qual se pede ao Conselho de Segurança que se envie o caso da Coreia do Norte ao Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade.

Dez dos 15 membros do Conselho de Segurança haviam exigido essa reunião, enquanto Rússia e China se opuseram.

Agora, cabe ao Conselho de Segurança da ONU, do qual a China é membro, decidir sobre o envio da questão ao TPI, instituição competente em matéria de crimes de guerra e crimes contra a humanidade. A expectativa é de que a proposta receba um veto chinês.

A resolução adotada na quinta-feira pela Assembleia Geral da ONU também pede ao Conselho de Segurança que estude sanções contra os dirigentes norte-coreanos.

A China é, atualmente, o principal aliado da Coreia do Norte, assim como o principal apoio da economia norte-coreana, devastada desde o fim da então União Soviética, em 1991.

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