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Coreia do Norte ameaça atacar casa presidencial sul-coreana

A Casa Azul, localizada na região norte de Seul, "pode se transformar em um mar de fogo e arder em cinzas", afirmou Coreia do Norte


	Park Geun-Hye: o comitê norte-coreano disse que quer eliminar "os seguidores dos EUA e de Park Geun-hye"
 (Chung Sung-Jun / Reuters)

Park Geun-Hye: o comitê norte-coreano disse que quer eliminar "os seguidores dos EUA e de Park Geun-hye" (Chung Sung-Jun / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2016 às 09h21.

Seul - A Coreia do Norte ameaçou nesta quarta-feira atacar a Casa Azul, residência oficial da presidente sul-coreana, Park Geun-hye, uma nova ofensiva verbal do regime norte-coreano em meio a alta tensão pelas manobras militares da Coreia do Sul e dos Estados Unidos na península.

A Casa Azul, localizada na região norte de Seul, "pode se transformar em um mar de fogo e arder em cinzas se pressionarmos um botão e lançarmos nossos ataques", afirmou o Comitê para a Reunificação Pacífica de Coreia, o órgão de Pyongyang encarregado das relações com a Coreia do Sul.

No comunicado, divulgado pelo site norte-coreana "Uriminzokkiri", o Comitê afirmou que "desde este momento nossas forças militares e revolucionárias promoverão uma guerra de represálias para eliminar, em nome da justiça, os seguidores dos EUA e de Park Geun-hye".

"Se a Coreia do Norte realizar algum tipo de provocação contra nós, nossas forças armadas castigarão com severidade" o país comunista, disse à Agência Efe uma representante do Ministério da Unificação.

O governo sul-coreano considerou, além disso, que a "Coreia do Norte será responsável por qualquer repercussão" neste conflito e exigiu que o regime dos Kim abra mão do desenvolvimento de armas nucleares e de mísseis de longo alcance.

O Comitê para a Reunificação Pacífica também afirmou que a Coreia do Norte não pronuncia palavras vazias, apesar de nos últimos anos ter lançado várias ameaças deste tipo sem chegar a concretizar ataque algum.

Também advertiu que Pyongyang está perdendo a paciência com as "imprudentes provocações" da Coreia do Sul e dos EUA, em referência às manobras militares realizadas em território sul-coreano desde o início de março, e que durarão até final de abril.

Como parte destas manobras, as maiores até agora, com mais de 17 mil tropas americanas e 300 mil sul-coreanas, na terça-feira começou um exercício naval de grande escala, com a participação de um porta-aviões americano de propulsão nuclear.

A Coreia do Norte, que considera os exercícios dos aliados um "ensaio de invasão", já respondeu com ameaças de um ataque preventivo e vários lançamentos ao mar de mísseis de curto e médio alcance, o último deles na segunda-feira.

Essa última ameaça também está inserida na atmosfera de tensão intensificada desde janeiro, quando Pyongyang realizou seu quarto teste nuclear, e que piorou em fevereiro quando o país um foguete espacial com tecnologia de mísseis de longo alcance.

Em resposta a essas ações, o Conselho de Segurança da ONU emitiu uma resolução que endureceu as restrições financeiras e comerciais à Coreia do Norte, para bloquear sua economia e forçá-lo a abandonar o desenvolvimento nuclear e de mísseis.

Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão complementaram a resolução da ONU com suas próprias sanções comerciais unilaterais ao regime de Kim Jong-un. 

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