Coreia do Norte alerta Exército e ameaça bases dos EUA
A ação é uma resposta às manobras militares conjuntas de Coreia do Sul e EUA
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2013 às 12h22.
Seul - A Coreia do Norte ameaçou nesta quinta-feira atacar as bases militares dos Estados Unidos no Japão e em Guam, para responder aos voos de treinamento de bombardeiros americanos B-52 na Coreia do Sul, no âmbito de suas manobras conjuntas.
Washington e Seul realizam atualmente suas manobras conjuntas anuais na Coreia do Sul, e os Estados Unidos revelaram no início da semana que incluíam voos de treinamento de bombardeiros B-52.
"Não podemos tolerar que os Estados Unidos realizem exercícios de ataques nucleares tomando-nos como alvo e apresentando-os como sérias advertências", declarou um porta-voz do comando supremo do exército norte-coreano.
Estas manobras, em parte virtuais, mobilizam milhares de soldados (10.000 sul-coreanos e 3.500 americanos). A Coreia do Norte considera que se trata de um ensaio geral para invadir o país.
"Os Estados Unidos não deveriam esquecer que a Anderson Airbase de Guam, de onde decolam os B-52, assim como as bases navais da ilha principal do Japão e em Okinawa, estão todas ao alcance" de nossos ataques, declarou o comando supremo do exército norte-coreano em um comunicado transmitido pela agência norte-coreana KCNA.
Estes aviões podem executar diversas missões, entre elas levar bombas guiadas de precisão, convencionais ou nucleares, disse o porta-voz do Pentágono, George Litte.
Não é a primeira vez que os Estados Unidos realizam voos de treinamento de bombardeiros no céu sul-coreano, mas nesta ocasião Washington quer enviar "um sinal muito forte" de seu compromisso junto ao seu aliado sul-coreano.
Pyongyang advertiu que responderia de maneira vigorosa caso estes voos de B-52 continuassem.
"Se o inimigo nos ameaça com armas nucleares, nós responderemos com ataques nucleares mais potentes ainda", acrescentou o porta-voz do exército norte-coreano.
A Coreia do Norte colocou em alerta a sua população e o exército nesta quinta-feira, indicou o ministério da Unificação sul-coreano. O alerta foi transmitido à população por rádio, disse à AFP um porta-voz do ministério encarregado das relações entre as duas Coreias.
"Acreditamos que são manobras militares aéreas", indicou outra autoridade do Governo sul-coreano.
Na origem deste contexto explosivo está o bem-sucedido lançamento de um foguete realizado pela Coreia do Norte em dezembro e que Seul e seus aliados consideraram um míssil balístico. Este lançamento foi seguido em fevereiro por um terceiro teste nuclear ao qual o Conselho de Segurança da ONU respondeu com novas sanções contra Pyongyang.
Diante desta nova série de sanções votada pelo Conselho de Segurança da ONU no início de março, a Coreia do Norte ameaçou realizar um ataque nuclear preventivo.
O Japão, por sua vez, afirmou que manterá a estratégia estabelecida junto aos Estados Unidos e à Coreia do Sul, seus aliados, "independentemente dos recentes comentários da Coreia do Norte", que chamou de "atos de provocação".
Na frente cibernética, Seul anunciou que o vasto ataque de quarta-feia contra as redes informáticas de várias emissoras de televisão e bancos na Coreia do Sul tem sua origem em um endereço IP na China.
No passado, este tipo de ataques, atribuídos à Coreia do Norte, já haviam sido originados na China.
"Por razões geopolíticas, é conveniente para a Coreia do Norte utilizar um endereço IP chinês para realizar estes ataques", já que a potência chinesa serve de defesa para Pyongyang, explicou Choi Yun-Seong, especialista em segurança do Instituto de Pesquisa Pública de Tecnologias da Informação (KITRI).
*Matéria atualizada às 12h22
Seul - A Coreia do Norte ameaçou nesta quinta-feira atacar as bases militares dos Estados Unidos no Japão e em Guam, para responder aos voos de treinamento de bombardeiros americanos B-52 na Coreia do Sul, no âmbito de suas manobras conjuntas.
Washington e Seul realizam atualmente suas manobras conjuntas anuais na Coreia do Sul, e os Estados Unidos revelaram no início da semana que incluíam voos de treinamento de bombardeiros B-52.
"Não podemos tolerar que os Estados Unidos realizem exercícios de ataques nucleares tomando-nos como alvo e apresentando-os como sérias advertências", declarou um porta-voz do comando supremo do exército norte-coreano.
Estas manobras, em parte virtuais, mobilizam milhares de soldados (10.000 sul-coreanos e 3.500 americanos). A Coreia do Norte considera que se trata de um ensaio geral para invadir o país.
"Os Estados Unidos não deveriam esquecer que a Anderson Airbase de Guam, de onde decolam os B-52, assim como as bases navais da ilha principal do Japão e em Okinawa, estão todas ao alcance" de nossos ataques, declarou o comando supremo do exército norte-coreano em um comunicado transmitido pela agência norte-coreana KCNA.
Estes aviões podem executar diversas missões, entre elas levar bombas guiadas de precisão, convencionais ou nucleares, disse o porta-voz do Pentágono, George Litte.
Não é a primeira vez que os Estados Unidos realizam voos de treinamento de bombardeiros no céu sul-coreano, mas nesta ocasião Washington quer enviar "um sinal muito forte" de seu compromisso junto ao seu aliado sul-coreano.
Pyongyang advertiu que responderia de maneira vigorosa caso estes voos de B-52 continuassem.
"Se o inimigo nos ameaça com armas nucleares, nós responderemos com ataques nucleares mais potentes ainda", acrescentou o porta-voz do exército norte-coreano.
A Coreia do Norte colocou em alerta a sua população e o exército nesta quinta-feira, indicou o ministério da Unificação sul-coreano. O alerta foi transmitido à população por rádio, disse à AFP um porta-voz do ministério encarregado das relações entre as duas Coreias.
"Acreditamos que são manobras militares aéreas", indicou outra autoridade do Governo sul-coreano.
Na origem deste contexto explosivo está o bem-sucedido lançamento de um foguete realizado pela Coreia do Norte em dezembro e que Seul e seus aliados consideraram um míssil balístico. Este lançamento foi seguido em fevereiro por um terceiro teste nuclear ao qual o Conselho de Segurança da ONU respondeu com novas sanções contra Pyongyang.
Diante desta nova série de sanções votada pelo Conselho de Segurança da ONU no início de março, a Coreia do Norte ameaçou realizar um ataque nuclear preventivo.
O Japão, por sua vez, afirmou que manterá a estratégia estabelecida junto aos Estados Unidos e à Coreia do Sul, seus aliados, "independentemente dos recentes comentários da Coreia do Norte", que chamou de "atos de provocação".
Na frente cibernética, Seul anunciou que o vasto ataque de quarta-feia contra as redes informáticas de várias emissoras de televisão e bancos na Coreia do Sul tem sua origem em um endereço IP na China.
No passado, este tipo de ataques, atribuídos à Coreia do Norte, já haviam sido originados na China.
"Por razões geopolíticas, é conveniente para a Coreia do Norte utilizar um endereço IP chinês para realizar estes ataques", já que a potência chinesa serve de defesa para Pyongyang, explicou Choi Yun-Seong, especialista em segurança do Instituto de Pesquisa Pública de Tecnologias da Informação (KITRI).
*Matéria atualizada às 12h22