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COP23 começa pedindo ação urgente contra mudanças climáticas

Os delegados de cerca de 200 países se reúnem em Bonn, Alemanha, pela primeira vez desde o anúncio de Trump sobre a retirada dos EUA do Acordo de Paris

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COP23: em 2017, multiplicaram-se os desastres naturais nos quatro cantos do planeta (Wolfgang Rattay/Reuters)

COP23: em 2017, multiplicaram-se os desastres naturais nos quatro cantos do planeta (Wolfgang Rattay/Reuters)

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AFP

Publicado em 6 de novembro de 2017 às, 14h54.

Última atualização em 6 de novembro de 2017 às, 15h03.

O presidente da 23ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP23) lançou nesta segunda-feira (6) um pedido para uma ação urgente da comunidade internacional, ao declarar aberta a reunião, realizada em Bonn, Alemanha.

"Nosso apelo coletivo é que se mantenha o rumo estabelecido em Paris", declarou o primeiro-ministro de Fiji, Frank Bainimarama, referindo-se ao acordo adotado na França em 2015.

A COP23 começou hoje na ausência de um poluidor histórico, os Estados Unidos, e com uma meta global cada vez mais difícil de se cumprir.

Os delegados de cerca de 200 países se reúnem nesta cidade alemã pela primeira vez desde o anúncio por parte do presidente americano, Donald Trump, em junho passado, da retirada dos Estados Unidos desse pacto histórico.

Também pela primeira vez, um pequeno Estado insular, Fiji, para o qual a mudança climática representa uma ameaça vital, exerce a presidência das duas semanas de negociações.

E, segundo cientistas, esses fenômenos vão-se intensificar devido à desregulação do clima: enormes furacões no Caribe, incêndios de intensidade incomum em Portugal e na Califórnia, ou secas intermináveis no leste da África.

Adotado no final de 2015 e ratificado até o momento por 168 países, o Acordo de Paris tem como meta manter o aquecimento do planeta abaixo dos 2ºC (se possível de 1,5ºC) com relação aos níveis pré-Revolução Industrial.

O anúncio da retirada americana representou um duro golpe para este processo complexo que demanda um recuo no uso de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás) para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa.

Por enquanto, os compromissos voluntários assumidos pelos países em Paris não permitem reduzir os termômetros abaixo dos 3ºC. Apesar dos avanços, como a estabilização das emissões de CO2, a distância entre a ação e as necessidades é "catastrófica", advertiu a ONU em um relatório publicado na semana passada, convidando os países a reforçarem sua contribuição.

Esta 23ª COP reunirá quase 20.000 pessoas na cidade alemã, sede da convenção do clima das Nações Unidas. A partir da segunda semana, espera-se a presença de vários altos dirigentes, em particular em 15 de novembro, quando devem comparecer a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, também estará lá, assim como o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e o governador da Califórnia, Jerry Brown, dois defensores da causa climática que querem compensar a retirada americana.

No sábado, milhares de pessoas protestaram em Bonn para pedir ações mais contundentes contra o aquecimento global.

Com frases como "sim à justiça climática, não ao carvão!", os manifestantes começaram a marchar pelo centro da ex-capital federal alemã com destino aos arredores do local onde acontece a COP23, às margens do Reno.

"Devem acabar com o carvão", o combustível fóssil mais nocivo de todos, exigia a multidão que compareceu ao protesto convocado por cerca de 100 ONGs como Oxfam, WWF e Greenpeace.

Os participantes da marcha seguravam globos terrestres verdes e pretos.

 

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