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COP20 tem dia conturbado e carente de avanços em negociações

A manhã começou com polêmica quando foi publicado, por erro, um texto diferente do qual trabalhavam os negociadores

Ativistas do meio ambiente marcham no centro de Lima, no Peru (REUTERS/Guadalupe Pardo)

Ativistas do meio ambiente marcham no centro de Lima, no Peru (REUTERS/Guadalupe Pardo)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2014 às 05h42.

Lima - As negociações climáticas de Lima se depararam nesta quinta-feira com um dia "conturbado" e, mais uma vez, "sem acordo" em quase todas as frentes abertas para se chegar a um grande pacto global de luta contra as mudanças climáticas, em Paris, no ano que vem.

A manhã começou com certa polêmica quando a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (UNFCCC, sigla em inglês) publicou, por erro, em seu site um texto diferente do qual trabalhavam os negociadores.

Segundo informaram à Agência Efe fontes da negociação, o documento era uma versão simplificada "de emergência", elaborado pelas Nações Unidas e pela presidência peruana para tentar acelerar as negociações, caso continuem bloqueadas amanhã, e foi substituído imediatamente pelo texto que estava sendo negociado.

Por volta das 20h locais (23h de Brasília), ao ver que só existia acordo em alguns poucos parágrafos, o presidente da Cúpula, o ministro do Meio Ambiente peruano, Manuel Pulgar Vidal, foi firme com os negociadores e deixou claro que os países não podem sair de Lima com as mãos vazias.

Para acelerar o processo, decidiu nomear o representante especial de mudança climática do Reino Unido, Sir David King, e a ministra do Meio Ambiente da África do Sul, Edna Molewa, como mediadores no grupo de trabalho que negocia como será o financiamento para a adaptação às mudanças climáticas até 2020, ou seja, como conseguir os US$ 100 bilhões com os quais os países se comprometeram.

Outro texto com as negociações travadas é o que se refere às informações que os países deverão inserir junto com seus compromissos, mas está previsto que os negociadores continuem trabalhando no mesmo e, se não houver acordo, é provável que Vidal nomeie ministros mediadores amanhã.

Nesse último texto, o maior problema é que a União Europeia e os Estados Unidos não querem incluir mais do que metas de redução de emissões, enquanto os países em desenvolvimento exigem informações sobre o financiamento para as adaptações às mudanças climáticas.

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