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Controladores de voo abandonam postos na Espanha

Paralisações fecharam o espaço aéreo de toda a Espanha, exceto o de Andaluzia

Aeroporto de Málaga, na região de Andaluzia: governo espanhol reuniu gabinete de crise (Samuel Aranda/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 17h33.

Madri - Todo o espaço aéreo espanhol, exceto o da região de Andaluzia, está fechado pelo abandono em massa dos controladores de seus postos de trabalho, informaram à Agência Efe fontes do Aena, o organismo que gerencia os aeroportos espanhóis.

O fechamento pode afetar, segundo as mesmas fontes, mais de dois mil voos e cerca de 250 mil pessoas que esperavam viajar nesta sexta-feira por ocasião do feriado de aniversário da Constituição.

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O Aena tinha previsto para hoje 5.073 operações, incluindo, as 3.035 realizadas até as 16h hora local (13h no horário de Brasília). No aeroporto de Barajas, principal afetado pelo fechamento do espaço aéreo, o número de aviões que deveriam operar era de 1,3 mil.

Os problemas começaram às 17h (14h no horário de Brasília) quando os controladores decidiram abandonar em massa seus postos de trabalho alegando problemas físicos.

Os primeiros aeroportos afetados foram os de Madri, Palma de Mallorca, Menorca e Ibiza, estes três últimos nas turísticas ilhas Baleares, além dos das Canárias, no Atlântico. Estes são destinos de milhares de turistas de toda Europa.

O ministro de Fomento, José Blanco, responsável pelos aeroportos espanhóis, reuniu um gabinete de crise na sede ministerial para analisar a situação e adotar as medidas oportunas.

Segundo fontes do Ministério de Fomento, cerca de 70% dos controladores aéreos espanhóis abandonaram até agora seus postos de trabalho alegando problemas físicos.

A União Sindical de Controladores Aéreos (USCA) assegurou que este movimento foi "voluntário" e que obedece à aprovação pelo Governo espanhol do novo modelo de gestão aeroportuária.

Fontes sindicais asseguraram que os controladores aéreos estão "muito nervosos". Pelo decreto de lei aprovado no Conselho de Ministros está fixado um máximo de 1,67 mil horas de trânsito aéreo anuais, motivo pelo qual deixaram seus postos de trabalho.

O abandono dos controladores aconteceu no começo de um período de feriado na Espanha por causa do aniversário da Constituição.

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