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Consulado americano sofreu ataque "pesado"

Segundo funcionários do departamento de Estado, que pediram para não ser identificados, o ataque não teve ligação com o filme americano que ridiculariza Maomé


	Presidente da Assembleia líbia, Mohamed Al-Megaryef, em homenagem ao embaixador americano Chris Stevens: os detalhes da investigação serão divulgados nesta quarta
 (Gianluigi Guercia/AFP)

Presidente da Assembleia líbia, Mohamed Al-Megaryef, em homenagem ao embaixador americano Chris Stevens: os detalhes da investigação serão divulgados nesta quarta (Gianluigi Guercia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2012 às 08h50.

Washington - O ataque contra o consulado dos Estados Unidos na cidade líbia de Benghazi, que matou quatro funcionários americanos - incluindo o embaixador Chris Stevens - foi realizado por dezenas de homens com armas de guerra, informaram nesta terça-feira funcionários do departamento de Estado.

Segundo os funcionários, que pediram para não ser identificados, "não há informação tangível" de que a ação "foi planejada ou era iminente".

As fontes descartaram ainda que o ataque de 11 de setembro passado tenha ligação com o filme produzido nos Estados Unidos que ridiculariza o profeta Maomé.

Um funcionário informou que o ataque teve início às 21H40 local, quando foram ouvidos tiros e explosões e a segurança do consulado observou pelos monitores "um grande número de homens armados dispostos a invadir o local".

Segundo o funcionário, os agressores estavam armados com "fuzis AK-47, lança-foguetes (RPG) e bujões de gasolina", que serviram para incendiar o complexo e o prédio principal, onde estava Stevens.

Sob a "espessa fumaça", Stevens e dois agentes se refugiaram em um setor seguro do prédio, mas devido à dificuldade para respirar, decidiram sair do esconderijo, apesar do tiroteio.

O corpo de um dos agentes foi encontrado nos escombros do consulado, enquanto o embaixador chegou morto a um hospital de Benghazi.

Os detalhes da investigação serão divulgados nesta quarta-feira, por três altos responsáveis do departamento de Estado e um do Pentágono, durante audiência da Comissão de Investigação do Congresso.

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