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Construção israelense em território palestino aumenta 20%

Relatório critica que o Executivo israelense buscou conceder status oficial de 'assentamento' a 11 enclaves construídos pelos colonos sem autorização oficial

35% dos novos imóveis eram erguidos em colônias isoladas ao leste da barreira de separação da Cisjordânia (Musa al-Shaer/AFP)
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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2012 às 18h29.

Jerusalém - Israel iniciou em 2011 a construção de pelo menos 1.850 novas moradias em território palestino ocupado, o que representa um aumento de 20% com relação ao ano anterior, segundo uma pesquisa da ONG Paz Agora sobre a política de assentamentos do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

O relatório sobre a construção nos assentamentos judaicos na Cisjordânia, intitulado 'Torpedeando a solução de dois Estados - A estratégia do governo de Netanyahu', critica que, no ano passado, o Executivo israelense buscou conceder status oficial de 'assentamento' a 11 enclaves construídos pelos colonos sem autorização oficial.

Essas construções que o governo busca regularizar representam ampliações fora do perímetro de um assentamento já existente ou de enclaves em morros afastados onde jovens colonos se instalaram, embora até mesmo a Corte Suprema de Israel tenha determinado a remoção das moradias em alguns casos.

O direito internacional, assim como os palestinos, não faz distinção entre assentamentos autorizados pelos governos israelenses e enclaves não autorizados. Todos eles, assim como a construção nas áreas ocupadas de Jerusalém, são considerados 'ilegais'.

O relatório indica que, em 2011, pelo menos 3,5 mil moradias estavam em construção nos assentamentos e que 35% dos novos imóveis eram erguidos em colônias isoladas ao leste da barreira de separação da Cisjordânia.

A nova onda de colonização ocorreu em 142 assentamentos, entre eles Carmei-Zur (56 unidades), Kedumim (51), Oranit (161), Givat Zeev (80), Modiin Illit (146) e Beitar Illit (106).

Em um futuro próximo, outras 1.577 serão incluídas na Cisjordânia e 2.057 em Jerusalém Oriental, autorizadas em 2011. A maioria delas se concentra nos chamados 'blocos de assentamentos', três áreas da Cisjordânia que Israel busca anexar em um futuro acordo de paz com os palestinos, mas que para a ONG Paz Agora são cruciais.

A ONG atribui o impulso colonizador à intenção do governo de Benjamin Netanyahu de 'impedir a possibilidade de estabelecer um Estado palestino junto a Israel', daí a construção de casas em áreas que rodeiam Jerusalém pelo sul e pelo leste.

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Jerusalém - Israel iniciou em 2011 a construção de pelo menos 1.850 novas moradias em território palestino ocupado, o que representa um aumento de 20% com relação ao ano anterior, segundo uma pesquisa da ONG Paz Agora sobre a política de assentamentos do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

O relatório sobre a construção nos assentamentos judaicos na Cisjordânia, intitulado 'Torpedeando a solução de dois Estados - A estratégia do governo de Netanyahu', critica que, no ano passado, o Executivo israelense buscou conceder status oficial de 'assentamento' a 11 enclaves construídos pelos colonos sem autorização oficial.

Essas construções que o governo busca regularizar representam ampliações fora do perímetro de um assentamento já existente ou de enclaves em morros afastados onde jovens colonos se instalaram, embora até mesmo a Corte Suprema de Israel tenha determinado a remoção das moradias em alguns casos.

O direito internacional, assim como os palestinos, não faz distinção entre assentamentos autorizados pelos governos israelenses e enclaves não autorizados. Todos eles, assim como a construção nas áreas ocupadas de Jerusalém, são considerados 'ilegais'.

O relatório indica que, em 2011, pelo menos 3,5 mil moradias estavam em construção nos assentamentos e que 35% dos novos imóveis eram erguidos em colônias isoladas ao leste da barreira de separação da Cisjordânia.

A nova onda de colonização ocorreu em 142 assentamentos, entre eles Carmei-Zur (56 unidades), Kedumim (51), Oranit (161), Givat Zeev (80), Modiin Illit (146) e Beitar Illit (106).

Em um futuro próximo, outras 1.577 serão incluídas na Cisjordânia e 2.057 em Jerusalém Oriental, autorizadas em 2011. A maioria delas se concentra nos chamados 'blocos de assentamentos', três áreas da Cisjordânia que Israel busca anexar em um futuro acordo de paz com os palestinos, mas que para a ONG Paz Agora são cruciais.

A ONG atribui o impulso colonizador à intenção do governo de Benjamin Netanyahu de 'impedir a possibilidade de estabelecer um Estado palestino junto a Israel', daí a construção de casas em áreas que rodeiam Jerusalém pelo sul e pelo leste.

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