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Constituinte ratifica cargo de reitor eleitoral crítico de Maduro

Na sexta-feira, a Constituinte ratificou quatro dos cinco reitores do CNE

Rondón: era o único dos cinco integrantes do CNE que costuma fazer críticas ao chavismo (Juan Carlos Ulate/Reuters)

Rondón: era o único dos cinco integrantes do CNE que costuma fazer críticas ao chavismo (Juan Carlos Ulate/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de agosto de 2017 às 09h09.

Caracas - A Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela (ANC), integrada por pessoas vinculadas ao governo do presidente Nicolás Maduro, ratificou nesta terça-feira em seu cargo o reitor do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) Luis Emilio Rondón, o único dos cinco integrantes do órgão que costuma fazer críticas ao chavismo.

Decreta-se "ratificar o cidadão Luis Emilio Rondón González (...) como reitor principal do Conselho Nacional Eleitoral", diz o documento da Assembleia Constituinte que foi aprovado por unanimidade após ser submetido à votação.

Na sexta-feira, a Constituinte ratificou quatro dos cinco reitores do CNE, todos simpáticos ao governo, mas não o reitor Rondón, que se caracterizou por fazer críticas ao chavismo e que, além disso, tachou de inconstitucional a eleição da ANC.

Naquele dia, as quatro autoridades - Tibisay Lucena, presidente do Poder Eleitoral, Tania D'Amelio, Socorro Hernández e Sandra Oblitas - se apresentaram à Constituinte e se subordinaram ao órgão, mas Rondón não compareceu.

O decreto lido hoje pela subsecretária da Assembleia, Carolis Pérez, indica que Rondón compareceu à junta diretora da Assembleia Constituinte "e manifestou sua vontade de reconhecer e se subordinar" ao caráter plenipotenciário da Constituinte.

Entre os poderes que até o momento se subordinaram à Assembleia Constituinte estão o Executivo, o Judiciário e o Eleitoral.

A legitimidade da Assembleia Constituinte instalada em 4 de agosto foi questionada pela aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) e por grande parte da comunidade internacional.

As críticas surgiram especialmente depois que a empresa Smarmatic, encarregada da apuração no país, denunciou uma suposta manipulação dos votos por parte do CNE.

 

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