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Constituinte da Venezuela avalia antecipar eleições legislativas

Composto apenas por aliados do governo de Nicolás Maduro, órgão determinou a formação de uma comissão para definir data das próximas eleições

Assembleia Nacional Constituinte: órgão é formado apenas por aliados do governo Maduro (Manaure Quintero/Reuters)
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EFE

Publicado em 12 de agosto de 2019 às 21h38.

Caracas — A Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela , composta apenas por aliados do governo de Nicolás Maduro , determinou nesta segunda-feira, 12, a formação de uma comissão para definir a data das próximas eleições legislativas do país, previstas para ocorrer em 2020, mas o órgão não descarta antecipar o pleito para este ano.

Um dos integrantes da comissão que avaliará a antecipação das eleições é Diosdado Cabello, um das principais figuras do chavismo e atual presidente da Assembleia Nacional Constituinte, um órgão legislativo não reconhecido por vários países da região.

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Cabello explicou que a comissão consultará os demais órgãos do governo da Venezuela para decidir o melhor calendário para a realização das eleições.

"Se essa consulta concluir que é no dia 1º de janeiro, será no dia 1º de janeiro. Se concluir que é melhor fazer neste ano, será feito neste ano. Revelaremos nos próximos dias", afirmou.

O Assembleia Nacional, o parlamento da Venezuela, é controlado pela oposição. Liderado por Juan Guaidó, que é reconhecido como presidente interino do país por mais de 50 governos, entre eles o do Brasil, o órgão é atualmente considerado "sem funções" por determinação do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), também alinhado ao chavismo.

O presidente da Assembleia Nacional Constituinte já ameaçou em outras oportunidades antecipar as eleições para o parlamento. Hoje, Cabello aproveitou a decisão para acusar os opositores de promover a violência nos protestos contra o governo de Maduro e de apoiar as sanções econômicas aplicadas ao país pelos Estados Unidos.

"Nós agora vamos para o contra-ataque", disse Cabello.

Em 2018, a Assembleia Nacional Constituinte antecipou a realização das eleições presidenciais do país de dezembro para maio. Maduro foi reeleito, mas o pleito é considerado como ilegítimo pelos países que apoiam Guaidó.

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