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Consórcio francês vai financiar parte de Angra 3

Liderados pelo Société Générale, bancos franceses vão financiar R$ 3,36 bilhões da construção da usina nuclear de Angra 3

Parte do reator de Angra 3: consórcio francês vai ajudar no financiamento da usina (Divulgação/Eletronuclear/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2011 às 08h46.

Rio de Janeiro - Um consórcio de cinco bancos franceses liderados pelo Société Générale foi escolhido pela Eletrobras para financiar 1,5 bilhão (R$ 3,36 bilhões) da construção da usina nuclear de Angra 3. O consórcio disputou a operação com outro grupo de bancos franceses. As propostas foram entregues em 30 de dezembro e a definição final depende ainda de aprovação dos Ministérios do Planejamento e da Fazenda, antes de ser encaminhada ao Congresso.

Segundo o gerente de planejamento e orçamento da Eletronuclear (subsidiária da Eletrobras), Roberto de Carvalho Travassos, a oferta tem validade de seis meses. Além do Société Générale, participam do consórcio financiador os bancos Crédit Agricole, BNP Paribas, Santander e CNC. As condições da operação não foram reveladas, mas Travassos disse que “se trata de uma das melhores captações já feitas pelo setor elétrico brasileiro”.

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No total, Angra 3 terá custo de R$ 10,4 bilhões. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já aprovou financiamento de R$ 6,1 bilhões para encomendas feitas no mercado nacional.

A Eletronuclear também assinará nesta semana o financiamento de R$ 890 milhões com a holding Eletrobras para a construção da usina. Os recursos serão oriundos da Reserva Global de Reversão (RGR), encargo cobrado na conta de luz. A usina deve entrar em operação em 2015, com capacidade total de 1.405 megawatts (MW).

Local

O presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, disse ontem que pretende entregar até meados deste ano “um cardápio de possibilidades”, sugerindo ao Ministério de Minas e Energia 40 localidades possíveis para receber as instalações de quatro novas usinas nucleares no País, com capacidade de 1.000 MW cada uma.

Ele descartou apenas a Região Norte como candidata a receber os investimentos e disse que o Nordeste é o principal candidato para receber as duas primeiras unidades. Os trabalhos indicam quatro microrregiões favoráveis à construção dos empreendimentos nos Estados da Bahia, de Sergipe, Alagoas e Pernambuco.

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