Mundo

Conservadores começam a votar para definir sucessor de Boris Johnson

Liz Truss considerada favorita à frente de Rishi Sunak, ex-ministro das Finanças

Eleições britânicas: "A disputa está muito acirrada e lutamos por cada voto", afirmou Truss no fim de semana (JACOB KING/Getty Images)

Eleições britânicas: "A disputa está muito acirrada e lutamos por cada voto", afirmou Truss no fim de semana (JACOB KING/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 1 de agosto de 2022 às 10h09.

Última atualização em 1 de agosto de 2022 às 10h15.

Os membros do Partido Conservador britânico começam a votar nesta semana para definir seu novo líder e sucessor do primeiro-ministro Boris Johnson, com a ministra das Relações Exteriores Liz Truss considerada favorita à frente de Rishi Sunak, ex-ministro das Finanças.

Truss lançou sua campanha com uma proposta de cortes em larga escala de impostos que ganha cada vez mais adeptos.

Os membros do partido que está no poder há 12 anos - cujo número exato é confidencial, mas que se estima em cerca de 200 mil (equivalente a 0,3% da população) - têm até 2 de setembro para votar pelo correio. Até o final desta semana, os partidários devem receber suas cédulas.

O corpo eleitoral é composto majoritariamente por homens, brancos e mais velhos. O resultado está previsto para ser divulgado em 5 de setembro.

Depois de um início de campanha com muitos candidatos e cinco votações restritas aos representantes no Parlamento para definir os dois finalistas, o suspense parece ter se dissipado.

Sunak, que ficou em primeiro lugar nas votações internas dos parlamentares por sua elogiada gestão da pandemia, é menos popular entre a base do partido, onde Truss espera ganhar terreno.

Antes da votação, Truss recebeu grandes apoios do ex-ministro da Irlanda do Norte Brandon Lewis, do candidato derrotado a líder do partido Tom Tugendhat e o elogio mais importante, o do ministro da Defesa Ben Wallace, que é muito respeitado dentro do partido.

Ben Wallace destacou a "experiência" da atual chanceler, em um momento de guerra na Ucrânia.

Nesta segunda-feira Truss também recebeu o apoio do atual ministro das Finanças, Nadhim Zahawi.

"A disputa está muito acirrada e lutamos por cada voto", afirmou Truss no fim de semana.

A ministra pareceu um pouco rígida e incomodada em alguns debates nas primeiras fases da disputa, mas agora se mostra mais tranquila e segura, um revés para Sunak, que contava com sua capacidade oratória para ganhar terreno.

Truss saiu mais forte na quinta-feira na primeira de uma série de 12 encontros contra os militantes da base conservadora. A próxima reunião está marcada para segunda-feira à noite na cidade de Exeter, no sudoeste do Reino Unido.

Desde o início desta campanha interna, na qual o meio ambiente quase não foi mencionado, os finalistas discordam sobre os impostos.

Por um lado, Truss promete uma redução de impostos "a partir do primeiro dia" e afirma que vai anular o aumento das contribuições sociais impostas este ano para financiar o sistema nacional de saúde, que foi prejudicado pela pandemia.

Já Sunak critica os "contos de fadas" de sua rival e advertiu que é melhor esperar que a inflação - que atingiu um recorde em 40 anos - diminua antes de reduzir a pressão fiscal. No entanto, desde o início da campanha, ele anunciou uma redução do imposto sobre a  energia para aliviar as famílias.

Veja também

Pelosi inicia viagem pela Ásia em momento de tensão entre EUA e China por Taiwan

Biden testa positivo para covid-19 novamente e volta ao isolamento

Acompanhe tudo sobre:Boris JohnsonReino Unido

Mais de Mundo

Biden assina projeto de extensão orçamentária para evitar paralisação do governo

Com queda de Assad na Síria, Turquia e Israel redefinem jogo de poder no Oriente Médio

MH370: o que se sabe sobre avião desaparecido há 10 anos; Malásia decidiu retomar buscas

Papa celebrará Angelus online e não da janela do Palácio Apostólico por resfriado