Atenas - O político conservador Prokopis Pavlopoulos foi eleito nesta quarta-feira como novo presidente da Grécia com amplo respaldo do parlamento.

Pavlopoulos reuniu 233 votos dos partidos conservadores e da coalizão esquerdista Syriza, que controla o novo governo gregos. Ele precisava apenas de 180 votos para ser eleito no primeiro turno.

O outro candidato, Nikos Alivizatos, proposto pelo partido de oposição centrista "To Potami" (O Rio), conseguiu 30 votos.

Os 32 deputados restantes optaram por apenas confirmar sua presença na sessão, uma espécie de abstenção ao pleito.

Na votação, que foi nominal, os parlamentares pronunciavam em voz alta o nome de um dos dois candidatos ou confirmar a presença no plenário, já que a lei grega não prevê voto contrário a escolha do presidente.

Como se esperava, Pavlopoulos contou com o apoio dos deputados do governo - da coalizão esquerdista Syriza e seus parceiros nacionalistas dos Gregos Independentes - assim como o de seu partido, o conservador Nova Democracia.

Os neonazistas do Amanhecer Dourado e os comunistas do KKE protestaram por não poderem votar explicitamente contra os dois candidatos à Presidência.

Os centristas do "To Potami" e os sociais-democratas do Pasok decidiram apostar em Alivizatos, catedrático de Direito Constitucional.

Pavlopoulos, de 64 anos, foi ministro do Interior em duas ocasiões, entre 2004 e 2009, com os governos do conservador Kostas Karamanlis, um período em que recebeu duras críticas por colocar vários amigos e correligionários no governo.

Antes, exerceu o cargo de porta-voz do governo de união nacional de Xenofon Zolotas, que durou cinco meses entre 1989 e 1990, e seguiu como deputado até a última legislatura, já que não concorreu como candidato no pleito realizado no último dia 25 de janeiro.

Pavlopoulos se destaca por ser uma figura de consenso, pois representa a ala mais moderada dos conservadores do Nova Democracia.