Exame Logo

Conselho de Transição passa a representar Líbia na ONU

Assembleia decidiu, por 114 votos contra 17, aceitar que o Conselho Nacional de Transição assuma a cadeira da Líbia

Conselho da Assembleia destacou que a situação na Líbia já apresenta progresso (Stan Honda/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2011 às 12h14.

Nova York - A Assembleia Geral das Nações Unidas repassou nesta sexta-feira a cadeira da Líbia ao Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão político dos rebeldes que derrubaram o regime de Muamar Kadhafi.

A Assembleia de 193 Estados votou por 114 votos contra 17 pela entrega ao CNT do assento correspondente à Líbia na ONU, apesar da oposição de vários governos de esquerda da América Latina.

Alguns países africanos pediram que esta votação fosse adiada. Esta decisão permite que o chefe interino do governo líbio, Mustafa Abdul Jalil, participe na Assembleia Geral anual da ONU na próxima semana em Nova York. Na ocasião, ele se reunirá com o presidente americano, Barack Obama.

A decisão ocorre no mesmo dia em que o Conselho de Segurança aprovou, por unanimidade, a resolução que suspende parcialmente o congelamento dos bens líbios e prevê o envio de uma missão para ajudar o novo governo a organizar eleições e redigir uma nova Constituição.

O Conselho destacou "um progresso da situação" na Líbia e expressou sua determinação de assegurar que os milhões de dólares de bens líbios congelados em fevereiro e março "sejam colocados à disposição do povo líbio o quanto antes".

Ao final das discussões entre os quinze países membros do Conselho nestes últimos dias, uma resolução completa dá mais ênfase aos Direitos Humanos, à necessidade de incluir as mulheres no processo de decisão e à proteção dos imigrantes africanos, que foram alvo de ataques.


A resolução estabelece o envio de uma missão da ONU de três meses para ajudar o novo poder na construção de um novo Estado, na preparação de eleições e na redação de uma nova Constituição.

Ela suspende o congelamento dos bens e outras medidas impostas à Corporação Nacional do Petróleo Líbio e à Companhia Petroleira Zweitina. A mesma coisa será feita com o Banco Central, com o Libyan Arab Foreign Bank, com a Libyan Investment Authority e com a sociedade de investimentos Libyan African Investment Portfolio.

Na frente de combate, as tropas do Conselho Nacional de Transição entraram hoje em Bani Walid, reduto kadhafista localizado 170 km a sudeste da capital, e continuam combatendo em Sirte, 360 km a leste de Trípoli, buscando conquistar esses redutos do antigo regime.

"Os revolucionários entraram em Bani Walid", disse à AFP Mahmud Shammam, porta-voz do CNT. Mais tarde, um chefe militar do CNT declarou que suas forças tinham efetuado uma mobilização tática após a incursão no centro da cidade.

Em Sirte, cidade natal do coronel Muamar Kadhafi, as tropas do CNT e as forças kadhafistas realizaram violentos confrontos em torno do aeroporto.

"A ideia hoje é libertar Sirte", declarou à AFP Adel Agida, que comanda 85 homens da Brigada do Leão, na cidade litorânea de Hasan, 60 km a oeste de Sirte. "Esperamos tomar o controle de Sirte hoje", declarou Salah al-Areg, um miliciano da brigada Al-Wadi.

Segundo Sadiq Fayturi, líder logístico da brigada Qabra, a "maioria das brigadas está a cerca de 20 km ao sul de Sirte". Em Sirte há franco-atiradores posicionados no telhado das casas, mas a "resistência não é muito forte", disse à AFP Farah Abdel Kafi, um dos combatentes que entrou na cidade.

Veja também

Nova York - A Assembleia Geral das Nações Unidas repassou nesta sexta-feira a cadeira da Líbia ao Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão político dos rebeldes que derrubaram o regime de Muamar Kadhafi.

A Assembleia de 193 Estados votou por 114 votos contra 17 pela entrega ao CNT do assento correspondente à Líbia na ONU, apesar da oposição de vários governos de esquerda da América Latina.

Alguns países africanos pediram que esta votação fosse adiada. Esta decisão permite que o chefe interino do governo líbio, Mustafa Abdul Jalil, participe na Assembleia Geral anual da ONU na próxima semana em Nova York. Na ocasião, ele se reunirá com o presidente americano, Barack Obama.

A decisão ocorre no mesmo dia em que o Conselho de Segurança aprovou, por unanimidade, a resolução que suspende parcialmente o congelamento dos bens líbios e prevê o envio de uma missão para ajudar o novo governo a organizar eleições e redigir uma nova Constituição.

O Conselho destacou "um progresso da situação" na Líbia e expressou sua determinação de assegurar que os milhões de dólares de bens líbios congelados em fevereiro e março "sejam colocados à disposição do povo líbio o quanto antes".

Ao final das discussões entre os quinze países membros do Conselho nestes últimos dias, uma resolução completa dá mais ênfase aos Direitos Humanos, à necessidade de incluir as mulheres no processo de decisão e à proteção dos imigrantes africanos, que foram alvo de ataques.


A resolução estabelece o envio de uma missão da ONU de três meses para ajudar o novo poder na construção de um novo Estado, na preparação de eleições e na redação de uma nova Constituição.

Ela suspende o congelamento dos bens e outras medidas impostas à Corporação Nacional do Petróleo Líbio e à Companhia Petroleira Zweitina. A mesma coisa será feita com o Banco Central, com o Libyan Arab Foreign Bank, com a Libyan Investment Authority e com a sociedade de investimentos Libyan African Investment Portfolio.

Na frente de combate, as tropas do Conselho Nacional de Transição entraram hoje em Bani Walid, reduto kadhafista localizado 170 km a sudeste da capital, e continuam combatendo em Sirte, 360 km a leste de Trípoli, buscando conquistar esses redutos do antigo regime.

"Os revolucionários entraram em Bani Walid", disse à AFP Mahmud Shammam, porta-voz do CNT. Mais tarde, um chefe militar do CNT declarou que suas forças tinham efetuado uma mobilização tática após a incursão no centro da cidade.

Em Sirte, cidade natal do coronel Muamar Kadhafi, as tropas do CNT e as forças kadhafistas realizaram violentos confrontos em torno do aeroporto.

"A ideia hoje é libertar Sirte", declarou à AFP Adel Agida, que comanda 85 homens da Brigada do Leão, na cidade litorânea de Hasan, 60 km a oeste de Sirte. "Esperamos tomar o controle de Sirte hoje", declarou Salah al-Areg, um miliciano da brigada Al-Wadi.

Segundo Sadiq Fayturi, líder logístico da brigada Qabra, a "maioria das brigadas está a cerca de 20 km ao sul de Sirte". Em Sirte há franco-atiradores posicionados no telhado das casas, mas a "resistência não é muito forte", disse à AFP Farah Abdel Kafi, um dos combatentes que entrou na cidade.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaLíbiaMetrópoles globaisNova YorkONU

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame