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Conselho de Segurança vai discutir crise marfinense

Ban Ki-moon convocou a reunião após receber denúncias de que Belarus vendeu ilegalmente armas ao presidente Gbagbo, que se recusa a deixar o poder

Marfinenses deixam Abidjan com forças da ONU: embargo ao país funciona desde 2004 (Issouf Sanogo/AFP)
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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2011 às 09h20.

Nova York - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, convocou para esta segunda-feira uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança para analisar a situação na Costa do Marfim, depois de denúncias sobre a venda ilegal de armas por parte de Belarus para as forças do presidente Laurent Gbagbo, que se recusa a deixar o poder.

"O secretário-geral espera que o Conselho de Segurança considere a convocação urgente de uma reunião para discutir o assunto", disse um porta-voz de Ban.

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A denúncia que tanto preocupa Ban indica que três helicópteros de ataque e material de apoio teriam sido entregues por Belarus em Yomusukro para as forças leais a Gbagbo.

A primeira remessa foi enviada por avião no domingo, e outros voos devem acontecer nesta segunda-feira para o mesmo fim, afirmou o porta-voz.

"Trata-se de uma grave violação do embargo contra a Costa do Marfim, que está em vigor desde 2004", destacou.

"O secretário-geral exige respeito rigoroso ao embargo, e advertiu o fornecedor deste material militar e o senhor Gbagbo que serão adotadas medidas apropriadas em resposta a esta violação".

Alassane Ouattara, rival de Gbagbo, teve a vitória eleitoral reconhecida pela comunidade internacional depois do pleito presidencial de 28 de novembro. Gbagbo, por sua vez, recusa-se a aceitar os resultados e provocou uma crise política no país.

A ONUCI, missão da ONU na Costa do Marfim, acusou no domingo as forças de Gbagbo de terem ferido três capacetes azuis em uma emboscada.

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