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Conselho de Segurança exige restituição do governo no Mali

O órgão fez um apelo aos golpistas para que libertem 'todos os funcionários públicos detidos' durante a sublevação

O Conselho pede em comunicado que os militares que protagonizaram o golpe garantam a 'segurança e proteção' do presidente do país, Amadou Toumani Touré (Wikimedia Commons)

O Conselho pede em comunicado que os militares que protagonizaram o golpe garantam a 'segurança e proteção' do presidente do país, Amadou Toumani Touré (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2012 às 21h13.

Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU condenou nesta quinta-feira a rebelião militar que aplicou um golpe de Estado no Mali e exigiu 'a restituição imediata da ordem constitucional e do governo eleito democraticamente' no país.

'Os membros do Conselho de Segurança condenam energicamente a violenta tomada do poder do governo eleito democraticamente no Mali por parte de alguns elementos das Forças Armadas', declarou o presidente rotativo do principal órgão de decisão da ONU, o embaixador do Reino Unido, Mark Lyall Grant.

O Conselho pede em comunicado, elaborado pelos 15 países-membros e lido à imprensa pelo diplomata britânico, que os militares que protagonizaram o golpe garantam a 'segurança e proteção' do presidente do país, Amadou Toumani Touré, e que voltem aos quartéis.

O órgão fez um apelo aos golpistas para que libertem 'todos os funcionários públicos detidos' durante a sublevação.

Os membros do Conselho de Segurança pedem ainda a todas as partes que exerçam 'a máxima moderação, evitem a violência e mantenham a calma', e enfatizam a necessidade de se preservar o atual processo eleitoral no país, 'como se tinha previsto'.

O comunicado do principal órgão internacional de segurança também ressalta a necessidade de 'respeitar e manter a soberania, unidade e integridade territorial do Mali'.


Um grupo de militares do país africano lidera desde quarta-feira um golpe de Estado contra o presidente Touré, a quem restava apenas um mês para concluir seu mandato constitucional. O líder deposto está agora em paradeiro desconhecido.

O presidente do autoproclamado Comitê Nacional para o Restabelecimento da Democracia e a Restauração do Estado (CNRDRE), o capitão Amadou Haya Sanogo, anunciou a suspensão da Constituição e de todas as instituições do país, a destituição do governo e o estabelecimento do toque de recolher a partir desta quinta-feira.

Os golpistas também decidiram fechar as fronteiras e o espaço aéreo do Mali, medida que permanecerá em vigor pelo menos até a próxima terça-feira.

O detonante do golpe de Estado teria sido a crise no norte do país, região afligida por atividades de rebeldes separatistas tuaregues e de membros da rede terrorista Al Qaeda. 

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