As relações também pioraram com a receite condenação nos EUA de um banqueiro turco acusado de ajudar o Irã a escapar de sanções americanas (Murat Kula/Presidential Palace/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 2 de agosto de 2018 às 14h36.
Ancara - O conselheiro sênior da presidência da Turquia Ilnur Cevik acusou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de ameaçar os laços estreitos de longa data entre a Turquia e os EUA depois que Washington impôs sanções a dois ministros turcos pela detenção de um pastor americano.
A Turquia pediu aos EUA que revertam a decisão de implementar penalidades aos ministros do Interior e da Justiça. Ancara, no entanto, também prometeu retaliar a medida. A intenção do governo Donald Trump é libertar o pastor Andrew Brunson, que está sendo julgado por espionagem e por acusações relacionadas a terrorismo.
As sanções já inflamaram as relações entre os dois países, que estão aliados na luta contra o terrorismo no Iraque e no Afeganistão, mas não conseguem destravar uma série de questões, incluindo o apoio de Washington à milícia curda síria, a qual Ancara considera terrorista. As relações também azedaram com a receite condenação nos EUA de um banqueiro turco acusado de ajudar o Irã a escapar de sanções americanas.
À Associated Press, o conselheiro Cevik disse que a Turquia ainda estava estudando possíveis medidas, mas queria "minimizar os danos". De acordo com ele, "todo mundo está desapontado. Ninguém esperava esse tipo de tratamento para os dois ministros. O presidente Trump está assumindo um caso muito pequeno e colocando em risco as relações turco-americanas e a amizade entre os dois países".