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Conheça o grupo jihadista Al-Murabitun

O grupo Al-Murabitun, um movimento armado jihadista que seria o responsável pelo ataque na capital de Burkina Faso, se uniu recentemente à Al-Qaeda

Burkina Faso: ataque cometido na sexta-feira e neste sábado na capital de Burkina Faso deixou ao menos 26 mortos (REUTERS)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2016 às 14h06.

O grupo Al-Murabitun, um movimento armado jihadista do argelino Mokhtar Belmokhtar que seria o responsável pelo ataque na capital de Burkina Faso, se uniu recentemente à Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI).

O ataque cometido na sexta-feira e neste sábado na capital de Burkina Faso deixou ao menos 26 mortos.

Foi reivindicado pelo grupo jihadista AQMI, que o atribuiu ao Al-Murabitun, segundo o SITE, uma organização americana que vigia as páginas islamitas na internet .

Em dezembro de 2015, o chefe da AQMI anunciou a adesão do Al-Murabitun e reivindicou a tomada de reféns de novembro no hotel Radisson de Bamaco, no Mali, que deixou 20 mortos. O Al-Murabitun confirmou a informação.

Este grupo reivindicou o primeiro atentado contra ocidentais em Bamaco, cometido em março de 2015 em um bar-restaurante que deixou cinco mortos: três malineses, um francês e um belga.

Mokhtar Belmokhtar, um dos chefes jihadistas mais temidos do Sahel, milita em favor de uma grande coalizão com os jihadistas de Níger, Chade e Líbia. Foi dado como morto várias vezes, mas em todos os casos a informação foi desmentida.

Em maio de 2015, Belmokhtar reiterou sua adesão ao grupo Al-Qaeda e desmentiu formar parte da organização Estado Islâmico (EI), contradizendo outro dirigente do Al-Murabitun.

Em um comunicado de julho assinado "Al-Murabitun Al-Qaeda da jihad da África Ocidental" foi anunciado que Khaled Abu al-Abbas (como Belmokhtar é conhecido nos círculos jihadistas) havia sido eleito emir do grupo.

Fusão jihadista

O Al-Murabitun nasceu da fusão do grupo "Os que assinam com seu sangue", uma unidade combatente criada em 2012 por Belmokhtar, e o Movimento para a Unicidade e a jihad na África do Oeste (Muyao).

O Muyao, assentado sobretudo na região de Gao, no norte do Mali, forma parte dos grupos jihadistas vinculados à Al-Qaeda que controlaram parte do país durante um ano entre a primavera de 2012 e o início de 2013. Foram expulsos por uma operação militar internacional lançada por iniciativa da França.

Em janeiro de 2013, membros do grupo "Os que assinam com seu sangue" entraram no complexo de gás de In Amenas, 1.300 km a sudeste de Argel, e capturaram centenas de argelinos e estrangeiros, em represália pela intervenção francesa no Mali. O exército argelino atuou três dias mais tarde. No total, 40 funcionários de dez nacionalidades e 10 criminosos morreram.

Meses mais tarde, em maio de 2013, um duplo atentado suicida deixou 25 mortos, principalmente militares, no norte do Níger. Os dois foram reivindicados pelo "Os que assinam com seu sangue" e pelo Muyao.

Três meses depois, estes dois grupos anunciaram sua fusão em um único movimento chamado de Al-Murabitun.

No Mali, além do atentado em Bamaco em março, este grupo reivindicou um atentado suicida cometido em abril contra o contingente nigerino de uma base da ONU no norte. Já havia reivindicado um atentado de julho de 2014 no qual um soldado francês morreu.

Em Burkina Faso não havia ocorrido até agora nenhum sequestro ou ataque deste tipo, embora o Al-Murabitun tenha reivindicado em abril do ano passado o sequestro de um romeno responsável pela segurança de uma mina.

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O grupo Al-Murabitun, um movimento armado jihadista do argelino Mokhtar Belmokhtar que seria o responsável pelo ataque na capital de Burkina Faso, se uniu recentemente à Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI).

O ataque cometido na sexta-feira e neste sábado na capital de Burkina Faso deixou ao menos 26 mortos.

Foi reivindicado pelo grupo jihadista AQMI, que o atribuiu ao Al-Murabitun, segundo o SITE, uma organização americana que vigia as páginas islamitas na internet .

Em dezembro de 2015, o chefe da AQMI anunciou a adesão do Al-Murabitun e reivindicou a tomada de reféns de novembro no hotel Radisson de Bamaco, no Mali, que deixou 20 mortos. O Al-Murabitun confirmou a informação.

Este grupo reivindicou o primeiro atentado contra ocidentais em Bamaco, cometido em março de 2015 em um bar-restaurante que deixou cinco mortos: três malineses, um francês e um belga.

Mokhtar Belmokhtar, um dos chefes jihadistas mais temidos do Sahel, milita em favor de uma grande coalizão com os jihadistas de Níger, Chade e Líbia. Foi dado como morto várias vezes, mas em todos os casos a informação foi desmentida.

Em maio de 2015, Belmokhtar reiterou sua adesão ao grupo Al-Qaeda e desmentiu formar parte da organização Estado Islâmico (EI), contradizendo outro dirigente do Al-Murabitun.

Em um comunicado de julho assinado "Al-Murabitun Al-Qaeda da jihad da África Ocidental" foi anunciado que Khaled Abu al-Abbas (como Belmokhtar é conhecido nos círculos jihadistas) havia sido eleito emir do grupo.

Fusão jihadista

O Al-Murabitun nasceu da fusão do grupo "Os que assinam com seu sangue", uma unidade combatente criada em 2012 por Belmokhtar, e o Movimento para a Unicidade e a jihad na África do Oeste (Muyao).

O Muyao, assentado sobretudo na região de Gao, no norte do Mali, forma parte dos grupos jihadistas vinculados à Al-Qaeda que controlaram parte do país durante um ano entre a primavera de 2012 e o início de 2013. Foram expulsos por uma operação militar internacional lançada por iniciativa da França.

Em janeiro de 2013, membros do grupo "Os que assinam com seu sangue" entraram no complexo de gás de In Amenas, 1.300 km a sudeste de Argel, e capturaram centenas de argelinos e estrangeiros, em represália pela intervenção francesa no Mali. O exército argelino atuou três dias mais tarde. No total, 40 funcionários de dez nacionalidades e 10 criminosos morreram.

Meses mais tarde, em maio de 2013, um duplo atentado suicida deixou 25 mortos, principalmente militares, no norte do Níger. Os dois foram reivindicados pelo "Os que assinam com seu sangue" e pelo Muyao.

Três meses depois, estes dois grupos anunciaram sua fusão em um único movimento chamado de Al-Murabitun.

No Mali, além do atentado em Bamaco em março, este grupo reivindicou um atentado suicida cometido em abril contra o contingente nigerino de uma base da ONU no norte. Já havia reivindicado um atentado de julho de 2014 no qual um soldado francês morreu.

Em Burkina Faso não havia ocorrido até agora nenhum sequestro ou ataque deste tipo, embora o Al-Murabitun tenha reivindicado em abril do ano passado o sequestro de um romeno responsável pela segurança de uma mina.

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