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Congresso dos EUA inicia nova legislativa com maioria republicana na Câmara

Maioria republicana na Câmara poderá anular ou enfraquecer algumas conquistas do presidente Barack Obama

Obama poderá ter suas conquistas enfraquecidas ou até mesmo anuladas (Chip Somodevilla/Getty Images)

Obama poderá ter suas conquistas enfraquecidas ou até mesmo anuladas (Chip Somodevilla/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2011 às 06h35.

Washington - O Congresso dos Estados Unidos iniciará sua 112ª legislatura nesta quarta-feira com maioria republicana na Câmara de Representantes, o que poderá anular ou enfraquecer algumas conquistas democratas.

A jornada começará com o juramento dos legisladores e do novo presidente da Câmara, o republicano John Boehner, e imediatamente os congressistas votarão uma nova série de regulamentos legislativos.

Os republicanos já programaram uma votação para revogar a reforma do sistema de saúde na próxima semana, mas os democratas prometeram resistir a qualquer esforço para anular as leis aprovadas no ano passado.

Outra prioridade da nova maioria republicana, fiel à promessa de austeridade fiscal que fizeram aos eleitores no pleito de novembro, será eliminar um total de US$ 100 bilhões das despesas para programas internos este ano.

Os líderes republicanos não detalharam quais os programas que sofrerão cortes, mas deixaram claro que serão mantidas as despesas relacionadas com a defesa, a segurança nacional e os serviços a veteranos.

Qualquer medida aprovada pelos republicanos na Câmara de Representantes, porém, poderá enfrentar resistência no Senado, onde os democratas ainda têm vantagem numérica e podem bloquear esses projetos.

Além disso, o presidente Barack Obama poderia recorrer a seu poder do veto de medidas que contenham cortes.

Os republicanos também aproveitarão sua nova maioria na Câmara para ordenar investigações de todo o tipo.

O Comitê de Supervisão e Reforma Governamental da Câmara, que será presidida pelo republicano Darrell Issa, deve lançar investigações sobre assuntos como os vazamentos do site "WikiLeaks", a suposta corrupção no Afeganistão e o papel das instituições Fannie Mae e Freddie Mac na crise hipotecária, segundo a revista "Político".

A ex-presidente da Câmara e agora líder da minoria democrata, Nancy Pelosi, disse na terça-feira que seu partido está disposto a trabalhar com os republicanos, mas manterá uma "tenaz" oposição se os membros do partido adversário tomarem medidas para "solapar" a economia.

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