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Congresso do Peru retoma sessão para discutir antecipação das eleições

Em um Parlamento dividido em mais de dez forças políticas, além de congressistas independentes, as bancadas de direita promovem a antecipação das eleições

Peru: Em dezembro, o Congresso aprovou a antecipação das eleições para abril de 2024 (AFP/AFP)

Peru: Em dezembro, o Congresso aprovou a antecipação das eleições para abril de 2024 (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 1 de fevereiro de 2023 às 16h44.

O Congresso peruano retomou, nesta quarta-feira, 1º, o debate sobre a antecipação das eleições para este ano, na tentativa de acalmar a onda de protestos que pedem a renúncia da presidente Dina Boluarte e a renovação do Parlamento.

O projeto de lei que vai ser debatido na sessão desta quarta-feira contempla a antecipação das eleições gerais para dezembro de 2023 e que as novas autoridades tomem posse em maio de 2024, conforme lido pelo presidente do Parlamento, José Williams, após o início da sessão às 11h40 no horário local (13h40 no horário de Brasília).

Em dezembro, o Congresso aprovou a antecipação das eleições para abril de 2024.

"O objetivo desta proposta é um só, antecipamos este assunto porque nosso país está sangrando", disse o parlamentar fujimorista Hernando Guerra García, do Força Popular (direita).

O Congresso suspendeu na terça-feira, pela terceira vez desde sexta, a sessão de debate e votação sobre as eleições antecipadas, dividido pelo interesse das bancadas de esquerda em condicionar o seu voto em troca de um referendo para a formação de uma Assembleia Constituinte.

"Hoje o Congresso tomará uma decisão importante diante da crise política", disse o chefe do Parlamento, José Williams, no Twitter. "Quem deve ganhar é a grande maioria dos peruanos", afirmou.

Em um Parlamento dividido em mais de dez forças políticas, além de congressistas independentes, as bancadas de direita promovem a antecipação das eleições.

Boluarte e o partido de direita Força Popular defendem as eleições antecipadas para apaziguar os protestos que deixaram 48 mortos desde o início da crise, em 7 de dezembro, com a destituição e prisão do ex-presidente esquerdista Pedro Castillo, que tentou dissolver o Congresso e governar por decreto.

Paralelamente à crise política, os protestos continuam nesta quarta-feira em partes do país, inclusive no centro de Lima.

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