Zurique - O Congresso da Fifa, realizado em Zurique, rejeitou nesta quarta-feira por 172 votos - de um total de 206 - a proposta britânica de adiar a eleição de seu presidente, processo no qual Joseph Blatter se apresenta como candidato único.

Minutos antes da votação, que não estava prevista na ordem do dia do Congresso, os presidentes das federações de futebol de Haiti, República Democrática do Congo, Chipre e Fiji subiram ao palanque para defender o direito de Blatter de apresentar-se à reeleição, ainda que sem oponente.

Já o presidente da federação britânica, David Bernstein, discursou no início do Congresso para pedir o adiamento da eleição, "pelo bem da instituição e do presidente".

Antes disso, Blatter admitira que a instituição navega em "águas difíceis" e pediu o apoio de seus membros.

"Todos sabemos que a Fifa se encontra em uma situação complicada, inclusive em águas difíceis, mas temos que voltar a encontrar a orientação certa", disse o presidente da instituição máxima do futebol, que se apresenta à reeleição para seu quarto mandato.

"Eu sou o capitão do navio da Fifa, portanto sou responsável, mas só poderei fazê-lo com sua ajuda, porque vocês compõem a Fifa, vocês são os proprietários", assinalou.

O catari Mohammed bin Hammam, presidente da Confederação Asiática (AFC), suspenso provisoriamente pela Fifa, enviou nesta quarta-feira uma carta ao organismo para protestar "contra o modo injusto" como foi "tratado pelo Comitê Ético e pela administração" da entidade.

Mohammed bin Hammam, que seria o rival único de Blatter na eleição, explicou em seu site que não pôde completar seu recurso de apelação e que lhe negaram sua última oportunidade para participar do Congresso desta quarta-feira.

"Estou muito triste e desgostoso pelo que ocorreu nos últimos dias. Nunca aceitarei como foram manchados meu nome e minha reputação. Lutarei pelos meus direitos", assinalou Bin Hammam.