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Confrontos separatistas em Camarões deixam ao menos 17 mortos

Os confrontos começaram no domingo após grupos convocarem protestos contra o que disseram ser uma marginalização pelo governo do há tempos líder do país

Separatistas em Camarões: testemunhas disseram que forças da segurança abriram fogo, frequentemente a curta distância (Reuters TV/Reuters)
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Reuters

Publicado em 2 de outubro de 2017 às 21h53.

Bamenda, Camarões  - Ao menos 17 pessoas morreram em confrontos entre forças da segurança e manifestantes nas regiões de língua inglesa em Camarões , informou a Anistia Internacional, com a violência eclodindo em uma área onde um movimento separatista está ganhando força.

Os confrontos começaram no domingo após grupos locais convocarem protestos contra o que disseram ser uma marginalização pelo governo do há tempos líder do país, Paul Biya, dominado por francófonos.

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Testemunhas disseram que forças da segurança abriram fogo, frequentemente a curta distância.

Ilaria Allegrozzi, pesquisadora da Anistia Internacional para a região do Lago Chade, disse à Reuters que as vítimas morreram em diversas cidades nas duas regiões anglófonas que fazem fronteira com a Nigéria.

"A preocupante escalada testemunhada durante o fim de semana agora atingiu um ponto de crise", disse Allegrozzi. Um prefeito local confirmou que uma das vítimas era uma jovem de 13 anos que morreu de ferimentos de tiros.

Sisiku Ayuk Tabe, líder do movimento separatista chamado Conselho Administrativo da Ambazonia, disse que o número final de mortos deve provavelmente passar de 30. Autoridades do governo não responderam a pedidos de comentários.

Um toque de recolher durante o dia estava em vigor na cidade de Bamenda nesta segunda-feira, onde forças da segurança colocaram barricadas ao longo de avenidas praticamente vazias. Uma testemunha da Reuters disse que viu policiais usando balaclavas baterem e deterem um jovem que resistiu à prisão.

Camarões, atualmente um produtor de petróleo e cacau com população de mais de 23 milhões de pessoas, foi comandado pela Alemanha até o final da Primeira Guerra Mundial, e então dividido entre França e Reino Unido.

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