Cartum - Mais de 50 pessoas morreram e 200 ficaram feridas nos confrontos que começaram no último domingo e continuam no Sudão do Sul, alvo de uma tentativa de golpe de estado, informaram à Agência Efe fontes do Hospital Real da capital Juba.

Segundo essas fontes, há militares e civis entre as vítimas dos combates, que persistem em algumas regiões da cidade.

Nas últimas horas foram registrados novos enfrentamentos em uma área de residências militares próxima ao aeroporto de Juba e nas montanhas que cercam a capital.

O porta-voz do exército, Philip Aguer, explicou antes por telefone à Efe que os confrontos recomeçaram ontem à noite com "uma pequena força da Guarda Presidencial", mas que a situação está sob controle.

Aguer também disse que foram detidos "um grupo de políticos e militares", mas que o ex-vice-presidente Riak Mashar, acusado pela tentativa golpista, está foragido.

Por sua vez, a missão das Nações Unidas no Sudão do Sul, UNMISS, exigiu hoje de todas as partes envolvidas no atual conflito no país para que cessem a violência por razões étnicas.

O chefe de Estado, Salva Kiir, pertence à tribo Dinka, e Mashar é membro do clã Lou Nuer.

A UNMISS garante ter oferecido proteção a 10 mil civis que fogem dos bairros mais perigosos, e cuidados médicos a 39 deles.

Os militares insurgentes tentaram atacar o Ministério da Defesa e a sede do partido governante Movimento Popular para a Libertação do Sudão (MPLS), assim como o maior estoque de armas da capital.

Desde sua independência do Sudão, em julho de 2011, o Sudão do Sul foi palco de enfrentamentos tribais, tensões internas e conflitos com seu vizinho do norte.