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Confrontos entre cristãos e muçulmanos deixam 10 mortos no Egito

Conflito começou após mais um dia de protestos pelo incêndio a uma igreja no sábado

Igreja no Egito: cristãos representam cerca de 10% da população egípcia (Chris Hondros/Getty Images)

Igreja no Egito: cristãos representam cerca de 10% da população egípcia (Chris Hondros/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2011 às 08h32.

Cairo - Enfrentamentos entre cristãos e muçulmanos na noite desta terça-feira deixaram dez mortos e 110 feridos no Cairo, no bairro de Moqqatam e em suas proximidades, informaram nesta quarta-feira as autoridades egípcias.

Os distúrbios aconteceram depois que grupos de cristãos interditaram uma estrada durante um novo dia de protestos devido ao incêndio de uma igreja no sábado passado na província de Helwan, no sul da capital egípcia.

Segundo a agência oficial de notícias "Mena", que cita o chefe de Emergências do Ministério da Saúde, Sharif Zamel, o número de mortos e feridos foi calculado em diversos hospitais, onde foram atendidas as vítimas desses incidentes.

Estes são os choques mais violentos que se registram no Cairo depois da queda do regime político de Hosni Mubarak, no dia 11 de fevereiro.

De acordo com o dirigente de uma associação de cristãos coptas egípcios, Najib Gibrail, os enfrentamentos desta terça-feira à noite ocorreram após uma manifestação pacífica de cristãos, que bloquearam uma estrada.

Grupos de muçulmanos procedentes de um bairro do outro lado da estrada chegaram ao local para tentar desbloqueá-la.

Segundo Gibrail, várias casas foram incendiadas no bairro de Moqqatam, em sua maioria catadores de lixo, conhecidos como "zabbalin".

Os cristãos representam cerca de 10% da população do Egito, um país majoritariamente composto por muçulmanos.

Confrontos entre cristãos e muçulmanos ocorrem com certa frequência no país, por motivos pessoais ou divergências religiosas.

Nesta terça-feira, o grupo político Irmandade Muçulmana rejeitou tais conflitos religiosos e acusou remanescentes do regime de Hosni Mubarak de provocar esses incidentes.

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