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Conflito no Sudão afeta 655 mil pessoas, diz ONU

No domingo, o Sudão assinou um acordo com a ONU e a União Africana para permitir a entrega de ajuda humanitária em áreas rebeldes

Um soldado sudanês patrulha a disputada fronteira entre Sudão e Sudão do Sul: os Estados Unidos e grupos humanitários têm alertado para o risco de um surto de fome nos dois Estados (©AFP/Arquivo / Ashraf Shazly)
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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2012 às 22h47.

Cartum - Cerca de 655 mil pessoas ficaram desabrigadas ou foram seriamente afetadas pelo conflito entre rebeldes e o Exército do Sudão em dois Estados do sul do país, afirmou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira.

Os combates entre o Exército sudanês e os rebeldes do grupo SPLM-Norte começaram no Estado de Kordofan do Sul mais ou menos na época em que o Sudão do Sul se tornou independente, há pouco mais de um ano. Em setembro, ele se espalhou para o Estado do Nilo Azul.

Os Estados Unidos e grupos humanitários têm alertado para o risco de um surto de fome nos dois Estados, especialmente em áreas controladas por rebeldes.

O coordenador-interino da ONU no Sudão, Mark Cutts, disse a jornalistas que cerca de 520 mil pessoas fugiram dos combates só em Kordofan do Sul, sendo que mais de 200 mil se refugiaram no Sudão do Sul e Etiópia.

No domingo, o Sudão assinou um acordo com a ONU e a União Africana para permitir a entrega de ajuda humanitária em áreas rebeldes dos dois Estados, mas Cutts disse que os detalhes ainda precisam ser negociados. "Ainda está nos primeiros dias", afirmou.

O Sudão acusa o Sudão do Sul de apoiar os rebeldes do Movimento de Libertação Popular do Sudão-Norte (SPLM-Norte), algo que diplomatas ocidentais dizem ser possível, apesar das negativas do governo sul-sudanês.

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Os Estados Unidos e grupos humanitários têm alertado para o risco de um surto de fome nos dois Estados, especialmente em áreas controladas por rebeldes.

O coordenador-interino da ONU no Sudão, Mark Cutts, disse a jornalistas que cerca de 520 mil pessoas fugiram dos combates só em Kordofan do Sul, sendo que mais de 200 mil se refugiaram no Sudão do Sul e Etiópia.

No domingo, o Sudão assinou um acordo com a ONU e a União Africana para permitir a entrega de ajuda humanitária em áreas rebeldes dos dois Estados, mas Cutts disse que os detalhes ainda precisam ser negociados. "Ainda está nos primeiros dias", afirmou.

O Sudão acusa o Sudão do Sul de apoiar os rebeldes do Movimento de Libertação Popular do Sudão-Norte (SPLM-Norte), algo que diplomatas ocidentais dizem ser possível, apesar das negativas do governo sul-sudanês.

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