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Conferência do clima começa na Alemanha sem a presença dos EUA

ÀS SETE - A ausência americana amplia o desafio que as nações empenhadas em conter as mudanças climáticas têm pela frente

Em junho do ano passado, Trump decidiu retirar o país do Acordo de Paris, mesmo o país sendo dos maiores poluidores do mundo

Em junho do ano passado, Trump decidiu retirar o país do Acordo de Paris, mesmo o país sendo dos maiores poluidores do mundo

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2017 às 06h33.

Última atualização em 6 de novembro de 2017 às 07h18.

Começa nesta segunda-feira, na cidade de Bonn, a 23ª Conferência do Clima da ONU, a COP-23. Este ano, o país sede são as Ilhas Fiji, mas o evento ocorrerá na Alemanha porque o governo local afirma não possuir estrutura capaz de receber 25.000 pessoas — dentre chefes de estado, ambientalistas e a imprensa — de todo o mundo. A conferência vai até o dia 17 de novembro e, desta vez, não vai contar com a presença dos Estados Unidos.

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A ausência americana amplia o desafio que as nações empenhadas em conter as mudanças climáticas têm pela frente. Em junho do ano passado, o presidente Donald Trump decidiu retirar o país do Acordo de Paris, mesmo o país sendo dos maiores poluidores do mundo e tendo se comprometido a cumprir metas importantes, como a de reduzir em 28% as emissões até 2025, em relação aos níveis de 2005.

O acordo tem como meta fazer com que o planeta tenha sua temperatura média aumentada em, no máximo, 2ºC até 2030, em relação aos níveis pré-industriais.

A escolha de Fiji como país sede do evento foi uma tentativa de aumentar a pressão pela necessidade de cumprir o acordo: o país, localizado no Pacífico, já precisou realocar uma cidade devido ao avanço do mar, provocado pelo aquecimento global.

O Brasil, que costuma ser um exemplo na COP, por seu histórico empenho na redução do desmatamento da Amazônia, será especialmente cobrado por retrocessos recentes.

No último ano, o Congresso tentou reduzir a proteção de áreas preservadas, como a Floresta Nacional do Jamanxim e a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), e o desmatamento na floresta amazônica aumentou 29%, de acordo com o Inpe — pior índice desde 2008. As nações terão que fazer muito mais se quiserem, de fato, cumprir o acordo que assinaram.

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