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Condições salariais dominam os desfiles de 1º de Maio no mundo

De Hong Kong a Alemanha, passando por Cuba, tradicionais desfiles de 1º de maio reuniram neste domingo milhares de pessoas

Em Hong Kong, a data significou a entrada em vigor do salário mínimo neste território que pertence à China (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de maio de 2011 às 14h28.

Os tradicionais desfiles de 1º de maio reuniram neste domingo milhares de pessoas em todo o mundo, de Hong Kong a Alemanha, passando por Cuba, para pedir principalmente aumentos salariais.

Na Polônia, a maior organização sindical do país, a OPZZ, cancelou, no entanto, a tradicional passeata para não atrapalhar as cerimônias relacionadas com a beatificação do papa polonês João Paulo II.

A Festa do Dia od Trabalho teve um tom mais político na Rússia, onde os partidos pró-Kremlin aproveitaram a ocasião para fazer uma demonstração de força ante as próximas eleições utilizando lemas como "Medvedev! Putin! Vamos, Rússia!".

Para as autoridades russas, criticadas pela violenta dispersão de várias manifestações da oposição nos últimos meses, estas reuniões representaram uma oportunidade para demonstrar respeito pela liberdade de expressão. No entanto, foi proibido que os homossexuais se manifestassem no centro de São Petesburgo.

Na Espanha, onde a economia tenta sair da crise e onde o desemprego atinge um em cada cinco trabalhadores, os sindicatos organizaram mais de 80 manifestações, sendo a mais importante a de Valência (leste).

Na Grécia, onde a população está sendo obrigada a fazer sacrifícios sem precedentes há mais de um ano para resgatar a economia do país, milhares de pessoas saíram às ruas de Atenas para protestar contra um novo endurecimento das medidas de austeridade.

A mesma situação foi vivida em Portugal, que também pediu um plano de ajuda à União Europeia e ao FMI. Os sindicatos organizaram um marcha contra as medidas de austeridade anunciadas pelas autoridades.

Na França, milhares de pessoas participaram de um desfile para celebrar o Dia Internacional do Trabalho, numa manifestação de menor proporção do que a do ano passado. No entanto, a extrema-direita conseguiu mobilizar mais pessoas que em 2010 durante o desfile em homenagem a Joana d'Arc.

As condições salariais foram o principal tema das manifestações na Bélgica, onde a crise econômica e social se soma a uma crise política sem precedentes.

Em Berlim, milhares de pessoas protestaram sem maiores incidentes. O presidente do sindicato DGB, Michael Sommer, alertou para a queda dos salários e denunciou que os proprietários de empresas contratam a bons preços os empregados procedentes da Europa do Leste, quando a Alemanha e a Áustria estão a ponto de abrir seu mercado trabalhista para esses cidadãos.

Na África, a festa do Trabalho permitiu aos sindicatos entregar às autoridades relações de reclamações, como aconteceu em Benin e Togo.

Na Tunísia, onde a revolta desencadeou a queda do regime em janeiro passado, não houve maiores incidentes. Em Argel, as únicas manifestações foram as dos torcedores de futebol antes da final da Copa da Argélia 2011.

No Marrocos, jovens sindicalistas e membros do Movimento de 20 de fevereiro - que reclamam mais democracia - manifestaram-se em várias cidades do país. Em Rabat, cerca de 3.000 manifestantes desfilaram aos gritos de "Abaixo o despotismo" e "Chega de marginalizaçao ".

Em Cuba, por outro lado, milhares de pessoas, entre elas os novos trabalhadores privados, desfilaram em apoio às reformas econômicas do presidente Raúl Castro que visam a modernizar o esgotado modelo socialista.

Na Ásia, um mês e meio depois do acidente com a central nuclear Fukushima, o 1º de Maio deu lugar a manifestações anti-nucleares em Tóquio.

Em Hong Kong, a data significou a entrada em vigor do salário mínimo neste território que pertence à China. Fixado em 28 dólares locais por hora (2,43 euros), supõe um avanço, apesar de ser insuficiente para que uma família possa viver, segundo os sindicatos, que conseguiram reunir 4.000 manifestantes.

Os salários também foram o centro das revindicações nas Filipinas.

Em Seul, mais de 50.000 pessoas reclamaram melhores condições de emprego e aumento salarial.

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Os tradicionais desfiles de 1º de maio reuniram neste domingo milhares de pessoas em todo o mundo, de Hong Kong a Alemanha, passando por Cuba, para pedir principalmente aumentos salariais.

Na Polônia, a maior organização sindical do país, a OPZZ, cancelou, no entanto, a tradicional passeata para não atrapalhar as cerimônias relacionadas com a beatificação do papa polonês João Paulo II.

A Festa do Dia od Trabalho teve um tom mais político na Rússia, onde os partidos pró-Kremlin aproveitaram a ocasião para fazer uma demonstração de força ante as próximas eleições utilizando lemas como "Medvedev! Putin! Vamos, Rússia!".

Para as autoridades russas, criticadas pela violenta dispersão de várias manifestações da oposição nos últimos meses, estas reuniões representaram uma oportunidade para demonstrar respeito pela liberdade de expressão. No entanto, foi proibido que os homossexuais se manifestassem no centro de São Petesburgo.

Na Espanha, onde a economia tenta sair da crise e onde o desemprego atinge um em cada cinco trabalhadores, os sindicatos organizaram mais de 80 manifestações, sendo a mais importante a de Valência (leste).

Na Grécia, onde a população está sendo obrigada a fazer sacrifícios sem precedentes há mais de um ano para resgatar a economia do país, milhares de pessoas saíram às ruas de Atenas para protestar contra um novo endurecimento das medidas de austeridade.

A mesma situação foi vivida em Portugal, que também pediu um plano de ajuda à União Europeia e ao FMI. Os sindicatos organizaram um marcha contra as medidas de austeridade anunciadas pelas autoridades.

Na França, milhares de pessoas participaram de um desfile para celebrar o Dia Internacional do Trabalho, numa manifestação de menor proporção do que a do ano passado. No entanto, a extrema-direita conseguiu mobilizar mais pessoas que em 2010 durante o desfile em homenagem a Joana d'Arc.

As condições salariais foram o principal tema das manifestações na Bélgica, onde a crise econômica e social se soma a uma crise política sem precedentes.

Em Berlim, milhares de pessoas protestaram sem maiores incidentes. O presidente do sindicato DGB, Michael Sommer, alertou para a queda dos salários e denunciou que os proprietários de empresas contratam a bons preços os empregados procedentes da Europa do Leste, quando a Alemanha e a Áustria estão a ponto de abrir seu mercado trabalhista para esses cidadãos.

Na África, a festa do Trabalho permitiu aos sindicatos entregar às autoridades relações de reclamações, como aconteceu em Benin e Togo.

Na Tunísia, onde a revolta desencadeou a queda do regime em janeiro passado, não houve maiores incidentes. Em Argel, as únicas manifestações foram as dos torcedores de futebol antes da final da Copa da Argélia 2011.

No Marrocos, jovens sindicalistas e membros do Movimento de 20 de fevereiro - que reclamam mais democracia - manifestaram-se em várias cidades do país. Em Rabat, cerca de 3.000 manifestantes desfilaram aos gritos de "Abaixo o despotismo" e "Chega de marginalizaçao ".

Em Cuba, por outro lado, milhares de pessoas, entre elas os novos trabalhadores privados, desfilaram em apoio às reformas econômicas do presidente Raúl Castro que visam a modernizar o esgotado modelo socialista.

Na Ásia, um mês e meio depois do acidente com a central nuclear Fukushima, o 1º de Maio deu lugar a manifestações anti-nucleares em Tóquio.

Em Hong Kong, a data significou a entrada em vigor do salário mínimo neste território que pertence à China. Fixado em 28 dólares locais por hora (2,43 euros), supõe um avanço, apesar de ser insuficiente para que uma família possa viver, segundo os sindicatos, que conseguiram reunir 4.000 manifestantes.

Os salários também foram o centro das revindicações nas Filipinas.

Em Seul, mais de 50.000 pessoas reclamaram melhores condições de emprego e aumento salarial.

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