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Comunidade dos maratonistas está escandalizada com atentado

Em vários sites especializados, as habituais dicas a maratonistas dividiam espaço com mensagens de apoio à vítimas da tragédia de Boston

Maratona de Boston antes das explosões: no site da revista americana The New Yorker, a jornalista e escritora Susan Orlean assinou uma homenagem à prática da maratona, exaltando a "pureza" da corrida. (Reuters)
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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2013 às 17h09.

Boston - Da recordista mundial Paula Radcliffe a milhares de corredores amadores, a comunidade dos maratonistas ficou "escandalizada" com o duplo atentado desta segunda-feira durante a Maratona de Boston, uma das mais tradicionais do planeta.

"Tem gente muito doente neste mundo, como pode fazer uma coisa dessas", postou Radcliffe na sua conta da rede social Twitter (@paulajradcliffe). A fundista britânica fez história na maratona de Londres de 2003, quando cravou a melhor marca feminina da história em 2 horas 15 minutos e 25 segundos.

O etíope Haile Gebresselassie, que já foi recordista mundial no masculino, também fez questão de expressar sua indignação no Twitter (@HaileGebr).

"Correr reúne as pessoas, mas o que aconteceu em Boston é terrível", disse o atleta bicampeão olímpico dos 10.000 m (em Atlanta-1996 e Sydney-2000), que no domingo venceu a maratona de Viena, na Áustria, um dia antes da tragédia de Boston.

O francês Philippe Paillaud, um dos poucos maratonistas a integrar o seleto "Seven Continent Club", que reúne os poucos corredores que completaram maratonas nos sete continentes (inclusive a Antártida) disse à AFP que ficou "muito comovido".

"Nós maratonistas sabemos o que é treinar durante meses para disputar uma corrida. Todo este esforço para ver malucos que querem explodir sua cara a cem metros da linha de chegada" desabafou Paillaud, revoltado com as imagens que viu pela televisão.

O francês, que já correu nos quatro cantos do planeta, disse que não ficou tão surpreso em ver uma maratona ser alvo de atentados. "Quando corri em Berlim, Paris ou Nova York, provas que atraem muito público, sempre pensei que uma maratona seria um alvo fácil", analisou.


A Maratona de Nova York, que teve sua última edição cancelada em consequência do furacão Sandy, costuma reunir cerca de 2 milhões de pessoas nas ruas para assistir aos corredores.

Em vários sites especializados, as habituais dicas a maratonistas dividiam espaço com mensagens de apoio à vítimas da tragédia de Boston.

"Nossos pensamentos vão para as vítimas do ataque à cidade de Boston e aos corredores ao redor do mundo", diz o site da revista "Women's running" num editorial.

No fórum do portal "Runner's world", a atleta amadora Maren Sullivan se diz tocada "no fundo do coração".

"Amanhã eu e meus quatro filhos vestiremos nossas camisas de corrida na escola e no trabalho em solidariedade às vítimas", prometeu a internauta num comentário publicado na noite de segunda-feira.

No site da revista americana The New Yorker, a jornalista e escritora Susan Orlean assinou uma homenagem à prática da maratona, exaltando a "pureza" da corrida.

"Todo mundo pode correr, todo pode assistir e todo mundo ama esta prova", escreveu Orlean.

"Maratonas em grandes cidades como Boston e Nova York são especiais, porque permitem sair do tumulto habitual da cidade para ver pessoas que tentam fazer algo, ao mesmo tempo, muito simples e muito difícil", considera a escritora, que já correu a maratona de Nova York.

"Se essas explosões foram propositais, aqueles que as provocaram sabiam que iriam atingir pessoas que viviam um momento excepcional de alegria, quando estavam reunidas da forma mais suave possível para ajudar um ao outro a voar", concluiu Orlean.

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Boston - Da recordista mundial Paula Radcliffe a milhares de corredores amadores, a comunidade dos maratonistas ficou "escandalizada" com o duplo atentado desta segunda-feira durante a Maratona de Boston, uma das mais tradicionais do planeta.

"Tem gente muito doente neste mundo, como pode fazer uma coisa dessas", postou Radcliffe na sua conta da rede social Twitter (@paulajradcliffe). A fundista britânica fez história na maratona de Londres de 2003, quando cravou a melhor marca feminina da história em 2 horas 15 minutos e 25 segundos.

O etíope Haile Gebresselassie, que já foi recordista mundial no masculino, também fez questão de expressar sua indignação no Twitter (@HaileGebr).

"Correr reúne as pessoas, mas o que aconteceu em Boston é terrível", disse o atleta bicampeão olímpico dos 10.000 m (em Atlanta-1996 e Sydney-2000), que no domingo venceu a maratona de Viena, na Áustria, um dia antes da tragédia de Boston.

O francês Philippe Paillaud, um dos poucos maratonistas a integrar o seleto "Seven Continent Club", que reúne os poucos corredores que completaram maratonas nos sete continentes (inclusive a Antártida) disse à AFP que ficou "muito comovido".

"Nós maratonistas sabemos o que é treinar durante meses para disputar uma corrida. Todo este esforço para ver malucos que querem explodir sua cara a cem metros da linha de chegada" desabafou Paillaud, revoltado com as imagens que viu pela televisão.

O francês, que já correu nos quatro cantos do planeta, disse que não ficou tão surpreso em ver uma maratona ser alvo de atentados. "Quando corri em Berlim, Paris ou Nova York, provas que atraem muito público, sempre pensei que uma maratona seria um alvo fácil", analisou.


A Maratona de Nova York, que teve sua última edição cancelada em consequência do furacão Sandy, costuma reunir cerca de 2 milhões de pessoas nas ruas para assistir aos corredores.

Em vários sites especializados, as habituais dicas a maratonistas dividiam espaço com mensagens de apoio à vítimas da tragédia de Boston.

"Nossos pensamentos vão para as vítimas do ataque à cidade de Boston e aos corredores ao redor do mundo", diz o site da revista "Women's running" num editorial.

No fórum do portal "Runner's world", a atleta amadora Maren Sullivan se diz tocada "no fundo do coração".

"Amanhã eu e meus quatro filhos vestiremos nossas camisas de corrida na escola e no trabalho em solidariedade às vítimas", prometeu a internauta num comentário publicado na noite de segunda-feira.

No site da revista americana The New Yorker, a jornalista e escritora Susan Orlean assinou uma homenagem à prática da maratona, exaltando a "pureza" da corrida.

"Todo mundo pode correr, todo pode assistir e todo mundo ama esta prova", escreveu Orlean.

"Maratonas em grandes cidades como Boston e Nova York são especiais, porque permitem sair do tumulto habitual da cidade para ver pessoas que tentam fazer algo, ao mesmo tempo, muito simples e muito difícil", considera a escritora, que já correu a maratona de Nova York.

"Se essas explosões foram propositais, aqueles que as provocaram sabiam que iriam atingir pessoas que viviam um momento excepcional de alegria, quando estavam reunidas da forma mais suave possível para ajudar um ao outro a voar", concluiu Orlean.

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