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Computadores de Bin Laden: 'minas de ouro' contra a Al-Qaeda

Uma dezena de computadores e discos-rígidos e cerca de 100 CDs, DVDs e arquivos USB podem trazer importantes informações sobre a rede

Há dúvidas se o serviço secreto paquistanês não sabia onde estava Bin Laden (Aamir Qureshi/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2011 às 20h18.

Washington - Os agentes de inteligência que analisam os computadores e discos-rígidos tirados do local onde Bin Laden foi morto provavelmente encontrarão um tesouro de informações sobre possíveis novos ataques, localização de chefes da Al-Qaeda e fontes de financiamento, estimam fontes americanas.

A quantidade é "impressionante", reconheceu o diretor da CIA, Leon Panetta. "Uma dezena de computadores e discos-rígidos e cerca de 100 CDs, DVDs e arquivos USB", confirmou à AFP uma autoridade americana que pediu para não ter o nome divulgado.

A CIA formou rapidamente um grupo de trabalho com membros das agências governamentais e da justiça para "fazer estes computadores falarem" e rastrear os milhares de documentos que poderiam conter.

"Ficarei muito surpreso se não encontrarmos uma verdadeira mina de ouro", disse McLaughlin, ex-número 2 da CIA.

McLaughlin deu como exemplo o computador de Ahmed Ghailani, um dos autores dos atentados contra as embaixadas americanas no Quênia e Tanzânia em 1998, que permitiu prevenir um atentado contra as instituições financeiras em Nova York.

"Com certeza encontraremos elementos sobre alvos em potencial e sobre o financiamento. Poderemos também nos inteirarmos de aspectos sobre seus principais pontos de apoio", detalhou MacLaughlin à CNN.

"Trata-se sobretudo de detectar as ameaças que estão em marcha e de alcançar outros objetivos no seio da Al-Qaeda, como o número 2 da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri", explicou Michael Leiter, diretor do Centro Nacional Antiterrorismo dos Estados Unidos.


Para James Lewis, ex-militar especializado em inteligência, os serviços "tentarão extirpar tudo o que puderem desses documentos".

Segundo este membro do Centro de Estudos Internacionais e Estratégicos dos Estados Unidos, alguns elementos poderão ser analisados rapidamente, mas outros necessitarão de estudos mais detalhadas para que sejam úteis.

Sem internet nem telefone em sua residência, Bin Laden -consciente dos riscos de interceptação por parte dos Estados Unidos- recorria a emissários. Um deles foi foi abatido junto dele. "Ele fazia assim há 10 anos. Os CDs permitiam evitar as redes de informática", explica Lewis, para quem é muito provável que uma parte dos dados esteja criptografada.

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A quantidade é "impressionante", reconheceu o diretor da CIA, Leon Panetta. "Uma dezena de computadores e discos-rígidos e cerca de 100 CDs, DVDs e arquivos USB", confirmou à AFP uma autoridade americana que pediu para não ter o nome divulgado.

A CIA formou rapidamente um grupo de trabalho com membros das agências governamentais e da justiça para "fazer estes computadores falarem" e rastrear os milhares de documentos que poderiam conter.

"Ficarei muito surpreso se não encontrarmos uma verdadeira mina de ouro", disse McLaughlin, ex-número 2 da CIA.

McLaughlin deu como exemplo o computador de Ahmed Ghailani, um dos autores dos atentados contra as embaixadas americanas no Quênia e Tanzânia em 1998, que permitiu prevenir um atentado contra as instituições financeiras em Nova York.

"Com certeza encontraremos elementos sobre alvos em potencial e sobre o financiamento. Poderemos também nos inteirarmos de aspectos sobre seus principais pontos de apoio", detalhou MacLaughlin à CNN.

"Trata-se sobretudo de detectar as ameaças que estão em marcha e de alcançar outros objetivos no seio da Al-Qaeda, como o número 2 da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri", explicou Michael Leiter, diretor do Centro Nacional Antiterrorismo dos Estados Unidos.


Para James Lewis, ex-militar especializado em inteligência, os serviços "tentarão extirpar tudo o que puderem desses documentos".

Segundo este membro do Centro de Estudos Internacionais e Estratégicos dos Estados Unidos, alguns elementos poderão ser analisados rapidamente, mas outros necessitarão de estudos mais detalhadas para que sejam úteis.

Sem internet nem telefone em sua residência, Bin Laden -consciente dos riscos de interceptação por parte dos Estados Unidos- recorria a emissários. Um deles foi foi abatido junto dele. "Ele fazia assim há 10 anos. Os CDs permitiam evitar as redes de informática", explica Lewis, para quem é muito provável que uma parte dos dados esteja criptografada.

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