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Compromisso das Farc com a paz está em teste, diz Santos

O presidente colombiano advertiu que a vontade da guerrilha de acabar com o conflito no país está em teste, após endurecimento de suas ações

O presidente colombiano Juan Manuel Santos durante um discurso exibido na televisão (Javier Casella/Colombian Presidency/Handout via Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2014 às 09h23.

Bogotá - O presidente da Colômbia , Juan Manuel Santos, advertiu nesta segunda-feira que a vontade da guerrilha das Farc de acabar com o conflito armado no país está "em teste" após o recente recrudescimento de suas ações, que motivaram a suspensão das negociações de paz.

"O compromisso das Farc está sendo testado. De sua decisão depende seguir avançando para o fim do conflito e a reconciliação", disse Santos em rede nacional de TV, exigindo a libertação das cinco pessoas sequestradas pelas Farc nos últimos dias, incluindo um general do Exército.

No domingo, o general Rubén Alzate, o oficial de mais alta patente já capturado pelas Farc, foi detido pela guerrilha em uma zona isolada do departamento del Chocó, no oeste do país, junto com o cabo Jorge Rodríguez e a advogada Gloria Urrego. Os três viajavam para supervisionar um projeto energético.

Uma semana antes, os soldados Paulo Rivera e Jhonatan Díaz foram feitos reféns durante um ataque das Farc no departamento de Arauca, no leste da Colômbia.

"É preciso deixar claro: ainda estamos negociando em meio ao conflito e as Farc devem entender que a paz não se atinge ampliando as ações violentas e minando a confiança", disse Santos, acrescentando que a guerrilha "precisa demonstrar sua disposição com ações, e não apenas com palavras".

"Chegou o momento de provarem seu compromisso com o processo". "Enquanto esta situação perdurar, os negociadores do governo não poderão viajar a Havana para retomar as conversações".

A decisão de suspender os diálogos de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, que completariam dois anos na próxima quarta-feira, foi anunciada após uma reunião do presidente com a cúpula militar.

O encontro foi convocado em caráter de urgência após a divulgação da notícia do sequestro do general Alzate.

Desde o início de 2012, o grupo rebelde se comprometeu a não sequestrar mais civis, mas se reserva o direito de capturar policiais ou militares, considerados prisioneiros de guerra.

O governo de Santos e as Farc iniciaram há dois anos em Cuba um diálogo de paz para tentar acabar com um conflito armado de mais de 50 anos, mas sem decretar um cessar-fogo na Colômbia.

Esta é a quarta tentativa de alcançar a paz com as Farc, a principal guerrilha do país e a mais antiga da América Latina, criada em 1964 e que conta oficialmente com 8.000 combatentes, essencialmente mobilizados nas zonas rurais.

O atual processo com as Farc já alcançou consensos parciais em três dos seis temas na agenda: reforma rural, participação política da guerrilha e solução ao problema das drogas ilícitas.

Mas ainda faltam os temas mais complexos, como a indenização das vítimas e o abandono das armas. Também deve ser definido um mecanismo de implementação, verificação e para referendar decisões.

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Bogotá - O presidente da Colômbia , Juan Manuel Santos, advertiu nesta segunda-feira que a vontade da guerrilha das Farc de acabar com o conflito armado no país está "em teste" após o recente recrudescimento de suas ações, que motivaram a suspensão das negociações de paz.

"O compromisso das Farc está sendo testado. De sua decisão depende seguir avançando para o fim do conflito e a reconciliação", disse Santos em rede nacional de TV, exigindo a libertação das cinco pessoas sequestradas pelas Farc nos últimos dias, incluindo um general do Exército.

No domingo, o general Rubén Alzate, o oficial de mais alta patente já capturado pelas Farc, foi detido pela guerrilha em uma zona isolada do departamento del Chocó, no oeste do país, junto com o cabo Jorge Rodríguez e a advogada Gloria Urrego. Os três viajavam para supervisionar um projeto energético.

Uma semana antes, os soldados Paulo Rivera e Jhonatan Díaz foram feitos reféns durante um ataque das Farc no departamento de Arauca, no leste da Colômbia.

"É preciso deixar claro: ainda estamos negociando em meio ao conflito e as Farc devem entender que a paz não se atinge ampliando as ações violentas e minando a confiança", disse Santos, acrescentando que a guerrilha "precisa demonstrar sua disposição com ações, e não apenas com palavras".

"Chegou o momento de provarem seu compromisso com o processo". "Enquanto esta situação perdurar, os negociadores do governo não poderão viajar a Havana para retomar as conversações".

A decisão de suspender os diálogos de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, que completariam dois anos na próxima quarta-feira, foi anunciada após uma reunião do presidente com a cúpula militar.

O encontro foi convocado em caráter de urgência após a divulgação da notícia do sequestro do general Alzate.

Desde o início de 2012, o grupo rebelde se comprometeu a não sequestrar mais civis, mas se reserva o direito de capturar policiais ou militares, considerados prisioneiros de guerra.

O governo de Santos e as Farc iniciaram há dois anos em Cuba um diálogo de paz para tentar acabar com um conflito armado de mais de 50 anos, mas sem decretar um cessar-fogo na Colômbia.

Esta é a quarta tentativa de alcançar a paz com as Farc, a principal guerrilha do país e a mais antiga da América Latina, criada em 1964 e que conta oficialmente com 8.000 combatentes, essencialmente mobilizados nas zonas rurais.

O atual processo com as Farc já alcançou consensos parciais em três dos seis temas na agenda: reforma rural, participação política da guerrilha e solução ao problema das drogas ilícitas.

Mas ainda faltam os temas mais complexos, como a indenização das vítimas e o abandono das armas. Também deve ser definido um mecanismo de implementação, verificação e para referendar decisões.

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