A Casa Branca disse que o acordo fechado neste mês ajudou a melhorar a perspectiva fiscal do país (The White House)
Da Redação
Publicado em 24 de agosto de 2011 às 14h34.
Washington - O acordo entre democratas e republicanos sobre o Orçamento melhorou as perspectivas fiscais dos Estados Unidos, mas o desemprego continuará alto no curto prazo, previu o Comitê Orçamentário do Congresso norte-americano (CBO) nesta quarta-feira.
Aprovado há poucas semanas após meses de discussões, o acordo ajudará a cortar o déficit público quase pela metade ao longo dos próximos dez anos, disse o comitê em relatório.
Comentando o relatório, a Casa Branca disse que o acordo fechado neste mês ajudou a melhorar a perspectiva fiscal do país.
O porta-voz Josh Earnest disse que o relatório do comitê orçamentário do Congresso também valida a opinião do presidente Barack Obama de que são necessários mais cortes de déficit no longo prazo.
"Isso indica que alg um progresso foi feito baseado no acordo que republicanos e democratas fecharam mais cedo neste mês" disse Earnestd. "O relatório também deixa claro que há muito mais para nós fazermos.
Crescimento econômico seguirá lento até 2012
Mas o crescimento econômico norte-americano continuará lento até o ano que vem, de acordo com o CBO. O comitê prevê que a taxa de desemprego, atualmente em 9,1 por cento, terá sido reduzida ao nível ainda elevado de 8,5 por cento quando os eleitores forem às urnas nas eleições gerais de novembro de 2012.
O cenário econômico piorou ainda mais, pois foram divulgados números fracos desde que o comitê concluiu o relatório, no começo de julho, disse o diretor do CBO, Doug Elmendorf.
"O ritmo da recuperação tem sido lento e a economia continua em uma lentidão severa", escreveu Elmendorf em seu blog.
Acordo traz grandes economias
Os EUA terão 3,487 trilhões de dólares em déficits cumulativos daqui a 10 anos, cerca de 3,3 trilhões abaixo da projeção anterior, disse o CBO.
Quase dois terços dessas economias devem-se ao acordo de redução de déficit, que foi aprovado no início deste mês como parte de um pacote para elevar o limite de endividamento nacional. Um quinto da quantia pode ser atribuída a taxas de juros mais baixas projetadas para a próxima década.
No atual ano fiscal, que termina em 30 de setembro, o governo gastará 1,284 trilhão de dólares a mais do que arrecadou, de acordo com a estimativa do CBO. É uma melhora de 115 bilhões de dólares em relação aos cálculos anteriores, feitos em março.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA crescerá a uma taxa anual de 2,4 por cento neste ano e de 2,6 por cento no ano que vem, disse o comitê.