Mundo

Comitê aprova indicação de Obama para Suprema Corte

Depos de aprovada pelo Comitê Judiciário do Senado americano, Elena Kagan passará por votação definitiva no plenário da Casa Branca

Se confirmada no plenário do Senado, Kagan será a quarta mulher na história da Suprema Corte americana (Doc Searls/Wikimedia Commons)

Se confirmada no plenário do Senado, Kagan será a quarta mulher na história da Suprema Corte americana (Doc Searls/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

Washington - O Comitê Judiciário do Senado americano aprovou hoje a nomeação de Elena Kagan como próxima juíza da Suprema Corte do país, o que abre caminho para sua confirmação definitiva em votação no plenário da Casa.

No comitê, o nome de Kagan foi aprovado por 13 votos a seis, incluindo o "sim" do senador Lindsey Graham, o único republicano a favor da nomeação dentre os sete que participaram da votação.

Se confirmada no plenário do Senado, Kagan seria a quarta mulher na história da Suprema Corte americana após Sandra Day O'Connor, Ruth Bader Ginsburg e Sonia Sotomayor.

O presidente americano, Barack Obama, indicou Kagan, de 50 anos, para substituir o juiz John Paul Stevens, que se aposentou no mês passado após 34 anos de serviço.

Representante legal do Governo americano perante a Suprema Corte, Kagan gerou controvérsia principalmente por sua oposição à política atual de proibir a participação de soldados abertamente homossexuais nas Forças Armadas do país.

Hoje, cada um dos 19 membros do comitê explicou suas intenções de voto. Os democratas, entre eles o presidente do comitê, Patrick Leahy, elogiaram Kagan enquanto os republicanos criticaram sua suposta falta de experiência jurídica e de imparcialidade.

"Não existe uma boa razão para negar sua confirmação", disse a senadora democrata Diane Feinstein, para quem Kagan demonstrou que pode aplicar as leis devidamente embora nem sempre esteja de acordo com elas.


O senador Jeff Sessions, o republicano de maior categoria no comitê, se opôs à nomeação de Kagan ao alegar que ela foi incapaz de isolar suas opiniões políticas de seus trabalhos, carece de experiência como juíza e defende uma agenda de tendência "esquerdista".

A votação no comitê tinha sido adiada em uma semana diante da insistência dos republicanos de ter mais tempo para rever os antecedentes de Kagan.

O comitê fez uma audiência de confirmação na última semana de junho, na qual Kagan respondeu a mais de 500 perguntas dos senadores durante quase 20 horas ao longo de três dias, além de responder a vários questionários por escrito.

Kagan conta com o apoio de vários grupos progressistas, e a influente Associação de Advogados Americanos (ABA) lhe deu sua mais alta qualificação para assumir o cargo.

Os democratas esperam submeter a nomeação de Kagan a uma votação definitiva no plenário do Senado antes do recesso legislativo de agosto para que ela possa ser empossada a tempo da próxima sessão da Suprema Corte, em outubro.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mundo

Aliança de esquerda anuncia candidato para presidir a câmara baixa do Parlamento francês

Eleições EUA: Biden diz que consideraria desistir de eleição se 'alguma condição médica' o obrigasse

Charles III anuncia agenda trabalhista que prioriza infraestrutura e energia limpa

Ex-assessor de Trump deixa a prisão e segue direto para convenção do Partido Republicano

Mais na Exame