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Comissão Europeia pede unidade aos países sobre espionagem

A vice-presidente da Comissão Europeia e responsável de Justiça, Viviane Reding, reivindicou aos líderes europeus unidade para responder à espionagem americana


	Bandeira da União Europeia: "agora é o momento para a ação e não só para as declarações na cúpula da UE", disse porta-voz 
 (REUTERS/Jon Nazca)

Bandeira da União Europeia: "agora é o momento para a ação e não só para as declarações na cúpula da UE", disse porta-voz  (REUTERS/Jon Nazca)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 13h14.

Bruxelas - A vice-presidente da Comissão Europeia e responsável de Justiça, Viviane Reding, reivindicou nesta quinta-feira aos líderes europeus unidade para responder à espionagem americana e para poder negociar com Washington as questões relativas à proteção de dados.

Reding, através de seu porta-voz, fez uma chamada aos chefes de Estado e do Governo da União para que aproveitem as reuniões de hoje e amanhã realizadas em Bruxelas para impulsionar a reforma das normas comunitárias de proteção de dados.

"Agora é o momento para a ação e não só para as declarações na cúpula da UE", disse a porta-voz Mina Andreeva.

Para Reding, a aprovação dessa reforma seria uma "declaração de independência para a Europa", pois permitiria "apresentar-se de forma crível perante os EUA e negociar de igual para igual".

"Somente se estivermos unidos seremos críveis", ressaltou a porta-voz.

A mensagem do Executivo comunitário coincide com a expressada nesta semana pelo Parlamento Europeu (PE), que reivindicou aos líderes dos vinte E oito um apoio claro à futura legislação de proteção de dados, mais estrita que a atual e que buscará evitar casos de espionagem.

As chamadas da CE e da Eurocâmara buscam conseguir que a legislação seja aprovada antes das eleições europeias de maio de 2014, pois em caso contrário seria atrasada durante meses.

Nos últimos meses, ocorreram revelações sobre supostos casos de espionagem americana na Europa, com novas informações nesta semana que levaram França e Alemanha a pedir explicações a Washington.

O caso mais recente é o da suposta espionagem do celular da chanceler, Angela Merkel, que a Casa Branca negou.

"A proteção de dados deve ser cumprida, sem se importar se afeta os e-mails de cidadãos ou o telefone celular de Angela Merkel", ressaltou hoje a porta-voz de Reding. 

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