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Comissão Europeia espera reforço de capital após testes

Entre os bancos que suspenderam a prova de solvência, estavam cinco espanhóis, dois gregos e um austríaco

Sede da Comissão Europeia: critérios dos novos testes eram mais rigorosos (Dominique Faget/AFP)

Sede da Comissão Europeia: critérios dos novos testes eram mais rigorosos (Dominique Faget/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2011 às 17h25.

Bruxelas - A Comissão Europeia divulgou um comunicado nesta sexta-feira afirmando sua confiança em que os bancos que suspenderam os testes de resistência tomem as medidas necessárias para reforçar seu capital.

De um total de 90 bancos europeus submetidos às provas de solvência, oito suspenderam o teste (cinco espanhóis, dois gregos e um austríaco), segundo informou nesta sexta-feira a Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês).

Segundo esse organismo, esses bancos não conseguiriam superar o limite de 5% da taxa que mede a proporção de recursos próprios de maior qualidade em um suposto cenário econômico adverso, de acordo com os critérios utilizados nas provas.

"Esperamos que aqueles bancos que suspenderam e os que fizeram as provas, mas refletiram debilidades substanciais, adotem os passos necessários para reforçar suas posições de capital", disse um comunicado conjunto enviado pelos comissários de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, e de Mercado Interno e Serviços Financeiros, Michel Barnier.

Neste sentido, o Executivo comunitário lembrou que os ministros de Finanças europeus confirmaram em sua reunião do dia 12 de julho que contam com os instrumentos necessários para sanar todas as debilidades que ficassem expostas nos testes.

Os comissários europeus consideram que a publicação das provas representa "mais um passo" na reparação do setor bancário, pois "a grande maioria das entidades europeias são agora mais fortes e capazes de resistir aos choques".

Além disso, destacam que os critérios de exame deste ano "são mais rigorosos" que os empregados no ano passado, com "uma definição de capital mais estrita, cenários mais severos", assim como práticas coerentes e consistentes entre os diferentes Estados-membros.

"Enfatizamos a completa e detalhada transparência associada a estes exames, por exemplo quanto à exposição à dívida soberana", afirmou o texto.

Por outro lado, dizem que este exercício deve ser examinado dentro de um esforço mais amplo para reformar o setor financeiro na União Europeia, no qual todos os atores devem ser "adequadamente regulados e supervisados".

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