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Comissão do 6 de janeiro faz "julgamento-espetáculo", diz Trump

"Não dedicaram nem um breve momento para analisar a fraude eleitoral maciça que ocorreu durante as eleições presidenciais de 2020", escreveu Trump

O ex-presidente Donald Trump (Drew Angerer / Equipe/Getty Images)

O ex-presidente Donald Trump (Drew Angerer / Equipe/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 14 de outubro de 2022 às 16h55.

Última atualização em 14 de outubro de 2022 às 19h56.

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump denunciou, nesta sexta-feira, 14, a investigação do Congresso sobre o ataque ao Capitólio cometido por seus simpatizantes como um "julgamento-espetáculo" e uma "caça às bruxas".

Em uma carta a Bennie Thompson, presidente da comissão parlamentar que investiga os incidentes de 6 de janeiro de 2021, Trump não mencionou a citação para que fosse interrogado, emitida ontem pelo colegiado da Câmara dos Representantes.

Em contrapartida, repetiu suas críticas à comissão e suas afirmações falsas de que as eleições de 2020, vencidas pelo democrata Joe Biden, foram "manipuladas e roubadas".

"Não dedicaram nem um breve momento para analisar a fraude eleitoral maciça que ocorreu durante as eleições presidenciais de 2020", escreveu Trump.

"A 'Descomissão' perpetuou um julgamento-espetáculo nunca visto antes neste país", disse.

"Não há o devido processo legal, nem contraditório, nem membros republicanos 'reais', nem legitimidade, pois não se fala de fraude eleitoral", afirmou.

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"É uma caça às bruxas do mais alto nível, uma continuação do que vem acontecendo há anos", acrescentou.

O ex-presidente também defendeu seus simpatizantes que participaram do assalto ao Congresso em 6 de janeiro de 2021, no momento em que os legisladores certificavam a vitória eleitoral de Biden, classificando-os de "patriotas" e "cidadãos americanos preocupados".

"Vocês não perseguiram as pessoas que criaram a fraude, mas os grandes patriotas americanos que a questionaram com base em seus direitos constitucionais", assinalou Trump.

"Essas pessoas tiveram sua vida arruinada, enquanto sua comissão relaxa e aproveita", frisou.

O colegiado que investiga o ocorrido em 6 de janeiro realizou ontem sua provável última audiência antes das eleições de meio de mandato de novembro e votou a favor de convocar Trump para ser interrogado.

O ex-presidente reagiu com uma publicação em sua rede social, a Truth Social, mas não disse se aceitaria comparecer.

"Por que a 'Descomissão' não me pediu que testemunhasse há meses?", questionou.

Steve Bannon, ex-assessor de Trump, é até agora a única pessoa condenada por desacato ao Congresso por se recusar a cumprir com a citação da comissão.

Em oito audiências realizadas este ano, a comissão revelou uma enorme quantidade de provas que mostram a participação do ex-presidente em uma série de esquemas para anular as eleições.

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