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Comissão de Ética aplica nova censura a ex-ministra Erenice

Erenice foi acusada de usar o cargo para facilitar negócios de empresas privadas com o BNDES e com os Correios

Erenice Guerra está envolvida em escândalo de tráfico de influência (Elza Fiúza/AGÊNCIA BRASIL)

Erenice Guerra está envolvida em escândalo de tráfico de influência (Elza Fiúza/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2011 às 20h59.

Brasília - A Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República aplicou nesta segunda-feira uma nova censura ética à ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra após analisar um processo que a acusa de usar o cargo para fazer tráfico de influência.

Há seis meses, a CEP já havia aplicado uma censura ética à ex-ministra porque ela não apresentou a declaração confidencial de informações, informando a evolução patrimonial e uma relação de parentes que ocupam cargos públicos.

Segundo o relator do caso na comissão, Fábio Coutinho, Erenice ainda pode recorrer da decisão após ser notificada, o que deve ocorrer nos próximos dias.

Porém, na prática, não é aplicada nenhuma pena à ex-ministra. "Se não serve para nada, cada um pode fazer o seu juízo. Mas essa é a sanção que o Estado tem", analisou o relator.

Erenice não fica impedida de assumir cargos públicos, mas Coutinho acredita que a repercussão da censura ética pode prejudicar o currículo da ex-ministra se ela tentar seguir a carreira na administração pública.

Ela foi acusada de usar o cargo para facilitar negócios de empresas privadas com o BNDES e com os Correios e foi demitida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em setembro do ano passado após uma denúncia da revista Veja, em meio à campanha eleitoral para presidente.

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