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Em comício, Lula diz que tentam impedir sua campanha por Dilma

Sem citar o nome, presidente questionou investigação contra ele pelo fato de ter citado Dilma nesta semana em dois eventos oficiais do governo

Dilma lembrou sua participação no governo Lula como ministra de Estado em um discurso sem empolgar o público (.)

Dilma lembrou sua participação no governo Lula como ministra de Estado em um discurso sem empolgar o público (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.

Rio de Janeiro - Em seu primeiro comício ao lado de Dilma Rousseff, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira que há uma premeditação no país para tentar impedi-lo de trabalhar pela campanha da candidata do PT à Presidência da República.

"Vocês estão acompanhando a imprensa diariamente, vocês veem os jornais, televisão e escutam rádio... há uma premeditação para me tirarem da campanha política para não permitir que eu ajude a companheira Dilma", disse Lula em discurso na Cinelândia, palco tradicional de manifestações no Rio de Janeiro.

Sem citar o nome, Lula questionou a vice-procuradora-geral eleitoral Sandra Cureau, que ameaça entrar com uma ação de investigação eleitoral contra ele pelo fato de o presidente ter citado Dilma nesta semana em dois eventos oficiais do governo.

"O que eles querem é me inibir para eu fingir que não conheço a companheira Dilma. É como se eu pudesse passar perto dela, e tem uma procuradora qualquer aí, e eu passar de costas viradas e fingir que não a conheço", disse.

"Eu não sou um homem de duas caras. Eu passo perto dela e digo pra vocês. É a minha companheira Dilma, que foi chefe da Casa Civil e que está preparada para presidir", afirmou Lula.

O palanque montado em frente à Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro reuniu ministros de Estado, parlamentares, candidatos, presidentes de estatais, além do governador fluminense, Sérgio Cabral, do prefeito do Rio, Eduardo Paes, e do candidato a vice na chapa de Dilma, Michel Temer.

O comício, que durou cerca de 1h15, foi precedido por uma passeata que saiu da Candelária até a Cinelândia e, segundo a polícia militar, reuniu entre 10 e 15 mil pessoas, abaixo da expectativa de 50 mil feita anteriormente.

Dilma lembrou sua participação no governo Lula como ministra de Estado em um discurso sem empolgar o público, espantado por uma forte chuva e o frio.

Ela afirmou que seu compromisso é dar continuidade ao governo do presidente Lula.

"Eu não posso errar também porque carrego o legado sagrado da transformação e da esperança desse país que levantou a cabeça e agora pode olhar para todos".

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